Quem é o senador bolsonarista investigado por rateio de emendas

Gilson Machado, Jair Bolsonaro e Eduardo Gomes em evento do PL em Tocantins. Foto: reprodução

O senador Eduardo Gomes (PL-TO), atual 1º vice-presidente do Senado e ex-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional, é alvo de um inquérito da Polícia Federal para investigar possíveis desvios de recursos públicos envolvendo emendas parlamentares. Em 2020, ele foi acusado de repassar dinheiro de sua cota parlamentar a jornais de Tocantins para construir uma imagem positiva de si na imprensa.

O pedido da PF faz parte da Operação Emendário, que já resultou em denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra três deputados do PL, segundo informações do colunista Fabio Serapião, do portal Metrópoles.

A investigação teve início após a análise de dispositivos eletrônicos apreendidos durante a operação. A PF identificou mensagens em que um ex-assessor de Eduardo Gomes cobrava pagamentos de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA).

Lopes é apontado como responsável por elaborar ofícios e planilhas, além de articular a destinação de emendas sob o comando de Maranhãozinho. As mensagens sugerem possíveis irregularidades na gestão de recursos públicos destinados a emendas parlamentares.

Quem é Eduardo Gomes?

Carlos Eduardo Torres Gomes é empresário e  tem uma longa trajetória na administração pública. Iniciou sua carreira em 1986 como secretário municipal de Educação e Cultura de Xambioá (TO) e, posteriormente, ocupou cargos em Araguaína e Palmas. Foi deputado federal e, atualmente, é senador pelo Tocantins. Durante o governo Bolsonaro, Gomes foi líder do governo no Congresso e relator do orçamento de 2020, cargo de grande influência na destinação de recursos públicos.

Eduardo Gomes com Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Além das suspeitas de desvios, Gomes também é conhecido por utilizar recursos públicos para financiar matérias favoráveis em veículos de comunicação do Tocantins. Entre julho e setembro de 2023, o senador destinou R$ 80 mil de sua cota parlamentar para pagar por publicações elogiosas em portais como “O Paralelo 13”, “Gazeta do Cerrado” e “Folha do Bico”.

Esses veículos publicaram manchetes destacando Gomes como um “líder de práticas políticas civilizadas” e uma “ponte que liga o Tocantins ao Palácio do Planalto”.

A Operação Emendário, que investiga desvios em emendas parlamentares, já resultou em denúncias contra três deputados do PL e agora mira o bolsonarista. Gomes, que já foi filiado ao MDB e ao Solidariedade, é uma figura influente no Congresso e mantém estreitos laços com o governo Bolsonaro.

A PF ainda não divulgou detalhes sobre as suspeitas específicas contra Gomes, mas as mensagens apreendidas indicam uma possível articulação para o desvio de recursos. O caso reforça a necessidade de maior transparência e controle na destinação de emendas parlamentares, que frequentemente são alvo de denúncias de corrupção.

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