Mulher acusada de envenenar bolo e matar 5 pessoas é encontrada morta

Foto: Reprodução

A detenta Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro, na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Presa preventivamente desde o dia 5 de janeiro de 2025, Deise Moura dos Anjos era suspeita de ter envenenado familiares com farinha contaminada por arsênio.

De acordo com informações da Polícia Penal, ela foi localizada sem vida durante a conferência matinal de rotina na unidade prisional. As autoridades afirmaram que a detenta estava sozinha em sua cela e apresentava sinais de enforcamento. “Vamos apurar as circunstâncias agora”, declarou o chefe da Polícia Civil, Fernando Sodré.

Conforme a nota divulgada pela Polícia Penal, servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que constatou o óbito. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) investigam o caso para esclarecer se houve suicídio ou se a morte possui outra causa.

Relembre o caso do envenenamento com arsênio

Deise Moura dos Anjos foi presa após ser apontada como a principal suspeita de envenenar seis pessoas da mesma família durante um café da tarde, na antevéspera do Natal de 2024. O caso aconteceu em Arroio do Sal, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, e gerou comoção em todo o Estado.

Sete familiares estavam reunidos em uma casa para o lanche, quando seis deles passaram mal após ingerirem pedaços de um bolo preparado por Zeli dos Anjos, que também foi hospitalizada. Três mulheres faleceram em poucas horas: Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva sofreram paradas cardiorrespiratórias, e Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada “choque pós-intoxicação alimentar”.

As investigações da Polícia Civil indicaram que a farinha usada para preparar o bolo estava contaminada com arsênio, um metal pesado extremamente tóxico, letal quando ingerido em doses elevadas. Deise Moura dos Anjos era apontada como responsável por ter adicionado a substância ao ingrediente, com o objetivo de envenenar os familiares.

O caso mobilizou a população e levantou alertas sobre a segurança alimentar e os perigos do arsênio, substância altamente perigosa que pode causar sintomas como vômito, dores abdominais, convulsões e, em casos graves, levar à morte.

Investigação prossegue

Apesar da morte de Deise Moura dos Anjos, a investigação sobre o envenenamento continuará para esclarecer se houve participação de outras pessoas e para garantir que todos os fatos sejam devidamente apurados.

As autoridades reforçam que as circunstâncias do falecimento da detenta serão rigorosamente investigadas, com análises técnicas realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

O caso do envenenamento com arsênio segue repercutindo e gerando grande atenção da opinião pública em todo o Estado.

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