“Uma reprimenda brutal”: russos celebram “suicídio de Zelensky na Casa Branca”

A Rússia reagiu com júbilo nesta sexta-feira (28) à discussão acalorada entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, em plena Casa Branca, dizendo que o líder ucraniano teve o que mereceu.

O bate-boca foi um presente para Moscou, que está trabalhando para construir laços com o governo Trump e tentando desacreditar Zelensky e minar sua legitimidade.

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev afirmou que Zelensky, acusado por Trump e pelo vice-presidente dos EUA, JD Vance, de ser desrespeitoso com os Estados Unidos, recebeu um “sólido tapa”.

“Uma reprimenda brutal no Salão Oval”, postou Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, no Telegram.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse ser um milagre que Trump e Vance não tenham agredido Zelensky durante a discussão, que foi transmitida por canais de televisão de todo o mundo. Ela afirmou que o ucraniano mordia a mão de quem o alimentou.

O comentarista de TV nacionalista e linha dura Vladimir Solovyov anunciou um programa especial dedicado “ao suicídio de Zelensky na Casa Branca”.

Em sua postagem, Medvedev insultou Zelensky e disse que ele finalmente teve a verdade contada na sua cara de que, como ele colocou, “o regime de Kiev está brincando com a Terceira Guerra Mundial”.O ex-presidente pediu que a ajuda militar à Ucrânia seja paralisada, algo que Moscou solicita há tempos.

A Rússia vem tentando mostrar Zelensky como um fantoche dos EUA instável e egocêntrico, e que foi usado pelo governo de Joe Biden para tentar causar uma derrota estratégica a Moscou “lutando até o último ucraniano”.

Zelensky rejeita a caracterização, dizendo que está fazendo tudo o que pode para defender seu país da Rússia, com a ajuda dos seus aliados.

A rápida reaproximação entre Moscou e Washington preocupa a Ucrânia e seus aliados europeus. Eles temem que Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, cheguem a um acordo que escanteie a Ucrânia e mine a segurança do país.

Putin tem dito que Zelensky não é um líder legítimo, porque seu mandato de cinco anos acabou no ano passado. A Ucrânia, contudo, não pôde realizar eleições, por estar sob lei marcial desde a invasão russa de fevereiro de 2022.

Trump reverberou na semana passada a narrativa de Putin, afirmando que Zelensky era “um ditador sem eleições”.

O bate-boca entre Trump e Zelensky deixa o líder ucraniano mais exposto do que nunca na guerra. A Ucrânia tem usado no conflito a ajuda e as armas fornecidas pelo antecessor de Trump, Joe Biden.

O ex-assessor do Kremlin Sergei Markov disse que a discussão no Salão Oval deve acelerar o fim da carreira política de Zelensky, algo que autoridades russas querem ver há algum tempo, acreditando que seria mais fácil fechar um acordo de paz com outra pessoa.

“A principal conclusão que todos tiraram do escândalo público de Zelensky e Trump é que Zelensky está completamente fora da linha e deve renunciar à Presidência o mais rápido possível”, afirmou Markov.

Konstantin Kosachyov, vice-presidente da câmara alta do Parlamento russo, afirmou que o encontro revelou as verdadeiras cores do presidente ucraniano.

“Zelensky perdeu esta rodada de lavada. E ele terá que rastejar de joelhos para a próxima”, escreveu Kosachyov no Telegram.

The post “Uma reprimenda brutal”: russos celebram “suicídio de Zelensky na Casa Branca” appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.