Putin agradece a Lula pelos “esforços pela paz” na guerra da Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou sua gratidão ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos “esforços pela paz” na guerra da Ucrânia, que persiste desde fevereiro de 2022.

A declaração foi feita durante um encontro com jornalistas nesta quinta-feira (13), onde Putin também agradeceu a outros líderes do BRICS, como os presidentes da China, Índia e África do Sul. Ele ressaltou que todos os membros do bloco buscam uma “missão nobre” ao se engajarem nas conversas para o fim do conflito.

“Nós temos nossas próprias questões, mas muitos líderes, como o presidente da China, o primeiro-ministro da Índia, os presidentes do Brasil e da África do Sul, estão dedicando tempo considerável a essa questão. Somos todos gratos a eles por isso, porque essa atividade visa alcançar uma missão nobre: o cessar das hostilidades e das perdas humanas”, afirmou Putin, acompanhado do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko.

Além dos membros do BRICS, Putin também citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), destacando sua atenção dedicada à resolução da crise na Ucrânia.

Durante a coletiva, Putin se mostrou favorável à proposta de cessar-fogo negociada pelos Estados Unidos, mas indicou que ainda existem várias questões a serem resolvidas sobre os termos da proposta. “Concordamos com as propostas de cessação das hostilidades, mas acreditamos que a trégua deve levar à paz a longo prazo e erradicar as causas da crise inicial […]. Em princípio, concordamos com a trégua de 30 dias, mas muitas questões técnicas ainda precisam ser esclarecidas”, afirmou o presidente russo.

Putin ressaltou que o cessar-fogo proposto pelos EUA deveria abordar as causas profundas da crise que levou à guerra, afirmando também que o acordo não trata dos custos da trégua. “Quem determinará onde e quem violou um possível acordo de cessar-fogo de 2.000 quilômetros?”, questionou, destacando a dificuldade de monitorar a extensa fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

O presidente russo também levantou dúvidas sobre como o acordo resolveria os conflitos em Kursk, uma região sob controle ucraniano que Putin deseja “libertar completamente”. “Se concordarmos com uma trégua de 30 dias, todos lá [em Kursk] sairão sem lutar? Devemos deixá-los sair depois que cometeram crimes em massa contra civis? Ou a liderança ucraniana ordenará que eles deponham suas armas e se rendam? Isso continua sem resposta”, afirmou Putin, sugerindo que o cessar-fogo não aborda as questões conflitantes em Kursk.

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