Multiplataforma deu acesso ao esporte para a “massa”, diz Portela, da LiveMode

Mauricio Portela, fundador e sócio da LiveMode, empresa de mídia e marketing esportivo, conta que no passado “muitos tinham que dar um jeito para assistir” uma transmissão esportiva. Ele se refere ao fato de que quem tinha acesso às transmissões pagavam assinatura em canal fechado. “Isso se limitava a classe média-alta”, diz. “Era desconfortável para a massa”, complementa.

“A pulverização foi muito importante nesse sentido”, afirmou Mauricio Portela, que participou nesta terça (18), em São Paulo, do evento Sport & Business Summit – esporte, investimentos e inovação, promovido pelo InfoMoney.

No primeiro painel do evento, A importância das Ligas nos Negócios do Esporte, Portela destacou ainda que, nos Estados Unidos, a pulverização das transmissões esportivas já ocorre há décadas, mesmo antes de existir o streaming.

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“A gente começou a olhar para o mercado brasileiro e tinha um gap que não tinha uma plataforma no YouTube para assistir esporte”, conta o executivo da LiveMode, que se tornou parceiro na criação da CazéTV, um grande sucesso de transmissões esportivas gratuitas no país, estabelecendo uma pulverização maior da difusão por meio de som e imagem do evento esportivo.

Para ele, o esporte sempre foi um drive importante para atingir objetivos de negócios mais do que as transmissões em si.

Marca no esporte

Lisandro Lopes, CMO da XP, que também participou do painel, destacou a importância da associação da marca com o esporte.

“Quando a gente patrocinou a NBA, pensamos como materializar isso, em construir a marca e conseguir gerar negócios”, disse. “Cada vez mais o trabalho tem sido como faço negócio em cima disso, qual a tese financeira. Essas coisas estão cada vez mais casadas”, complementou.

Para ele, o marketing orientado para negócios vai pautar o futuro. “Tem muito da construção de marca. Quando se tem a marca forte ela diminui o custo de aquisição de clientes”, afirmou.

Torcedor brasileiro na NBA

Fabio Laudisio, Associate Vice President da NBA Latam, que foi o terceiro painelista da primeira parte do evento, ressaltou o fato da liga de basquete americana ter 53 milhões de torcedores no país.

“O fã brasileiro é mais empolgado e festeiro. A gente não tem o fanatismo do futebol”, disse. Segundo Laudisio, o torcedor brasileiro contribui muito para oferecer a melhor experiência aos amantes do basquete.

Ele ressaltou a importância da NBA House, que reproduz no Brasil a atmosfera de uma arena de jogos da NBA. Segundo ele, o espaço interativo tem sido fundamental para fidelizar o torcedor. “É um plataforma importante”, disse.

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