VÍDEO – Lindbergh solicita ao STF tornozeleira eletrônica para Bolsonaro

Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) solicitaram ao STF uma ação para impedir uma possível fuga de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, anunciou que apresentará um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam aplicadas medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de evitar uma eventual fuga do país.

A decisão ocorre após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, anunciar que se licenciará do mandato e permanecerá nos Estados Unidos, alegando perseguição política e medo de ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

“A decisão do Eduardo (Bolsonaro) de permanecer nos Estados Unidos mostra que seu pai também pode avaliar uma fuga. Isso geraria uma revolta muito grande na população, que aguarda o julgamento e a punição dos responsáveis pela tentativa de golpe”, afirmou Lindbergh Farias em vídeo publicado no X, antigo Twitter, ao lado do deputado Rogério Correia (PT-MG).

Entre as medidas que serão solicitadas ao STF estão o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de Bolsonaro de se aproximar de embaixadas.

No início do mês, o PT já havia encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de providências para garantir a punição de Bolsonaro em caso de condenação pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. As medidas cautelares solicitadas visam impedir que o ex-presidente deixe o país e evite eventuais processos judiciais.

Nesta terça-feira (18), Eduardo Bolsonaro anunciou que se licenciará temporariamente do mandato na Câmara dos Deputados e permanecerá nos Estados Unidos.

O deputado justificou a decisão alegando que não pretende se submeter ao que chamou de “regime de exceção” e que seguirá no exterior para buscar “sanções aos violadores de direitos humanos”. Ele citou nominalmente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como um dos responsáveis por sua situação.

“Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos. Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele, para seguir representando esses irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão”, declarou Eduardo.

O parlamentar também mencionou o guru do bolsonarismo Olavo de Carvalho, afirmando que “não se combate uma ditadura estando dentro dela”. Eduardo teme ser preso por ordem de Alexandre de Moraes, relator de uma ação que o acusa de cometer crime contra a soberania nacional ao criticar o Judiciário brasileiro no exterior.

Bolsonaro chorou  ao falar sobre a licença de Eduardo e expressou esperança de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “abraçe” o parlamentar. O inelegível estava em um ato no Congresso Nacional sobre o Holocausto.

“Tenho um profundo respeito, admiração e gratidão por Donald Trump. Sei que, no momento, ele continuará abraçando o meu filho”, afirmou Bolsonaro. O ex-presidente também comparou a situação do filho a um combate contra o que chamou de “nazifascismo” no Brasil.

“Para que o mal vença, basta que os bons se omitam. Hoje está sendo um dia marcante para mim”, disse, interrompendo a fala para chorar. “O afastamento de um filho. Mas um filho que se afasta mais do que por um momento de patriotismo. Se afasta pra combater algo parecido com o nazifascismo que cada vez mais avança em nosso país”, completou.

Conheça as redes sociais do DCM:
⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.