
Com o avanço da oposição bolsonarista na coleta de assinaturas para votar em regime de urgência o projeto que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, o governo Lula tenta articular nos bastidores uma justificativa para frear a tramitação da proposta na Câmara.
A nova estratégia do Palácio do Planalto é alegar que há uma longa fila de projetos com prioridade já aprovada aguardando votação — o que, tecnicamente, colocaria a anistia atrás na ordem de pautas.
A argumentação chega para aliviar a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem sido pressionado pela base bolsonarista. O Planalto sustenta que há “1.136 projetos com urgência aprovada e prontos para serem pautados por Motta”, além de “outros 401 aguardando encaminhamento para votação”. Dessa forma, não seria razoável “furar a fila”.
A oposição acusa Motta de ceder ao Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“A nossa única bandeira é a anistia. Ele não vai votar?”, questionou o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).

Até o momento não há qualquer sinal de que o presidente da Câmara vá colocar o tema em votação.
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