“Fila de urgências” alivia pressão sobre Hugo Motta no encaminhamento do PL da anistia

O presidente Lula e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Brenno Carvalho/O Globo

Com o avanço da oposição bolsonarista na coleta de assinaturas para votar em regime de urgência o projeto que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, o governo Lula tenta articular nos bastidores uma justificativa para frear a tramitação da proposta na Câmara.

A nova estratégia do Palácio do Planalto é alegar que há uma longa fila de projetos com prioridade já aprovada aguardando votação — o que, tecnicamente, colocaria a anistia atrás na ordem de pautas.

A argumentação chega para aliviar a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem sido pressionado pela base bolsonarista. O Planalto sustenta que há “1.136 projetos com urgência aprovada e prontos para serem pautados por Motta”, além de “outros 401 aguardando encaminhamento para votação”. Dessa forma, não seria razoável “furar a fila”.

A oposição acusa Motta de ceder ao Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“A nossa única bandeira é a anistia. Ele não vai votar?”, questionou o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ).

Bolsonaro discursa em ato na praia de Copacabana pela anistia dos envolvidos no 8 de janeiro de 2023. Foto: Reprodução

Até o momento não há qualquer sinal de que o presidente da Câmara vá colocar o tema em votação.

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