VÍDEO: PF prende dono da “mansão da suruba”, suspeito de desvio de R$ 3,5 bi

Mulheres andavam nuas durante festas em “mansão da suruba”. Foto: reprodução

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (16), a operação Teatro Invisível II, que investiga uma organização criminosa suspeita de envolvimento em obstrução de Justiça, caixa dois eleitoral, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. O esquema, que movimentou cerca de R$ 3,5 bilhões, tinha como um de seus principais alvos um suspeito que utilizava parte do dinheiro desviado para promover festas com sexo e bebidas em uma mansão de alto padrão em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.

As festas promovidas na residência, apelidada de “mansão da suruba”, eram marcadas por excessos. Em um vídeo pelo Metrópoles, duas mulheres nuas acompanham o dono da casa até a porta de entrada após um segurança tocar a campainha para pedir que o volume da música fosse reduzido.

O proprietário, debochando do pedido, responde: “Pode multar, irmão, multa aí, R$ 5 mil, R$ 10 mi. Tem como baixar o som?! Olha aí as peças”. As mulheres retornam para dentro da casa, e a festa continua. Uma das participantes chegou a publicar o vídeo em uma plataforma de conteúdo adulto.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados no Rio de Janeiro, Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e Juiz de Fora (MG). A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de valores nas contas dos envolvidos e a suspensão das atividades de oito empresas suspeitas de participação no esquema.

Esta fase da investigação é um desdobramento da primeira etapa da Operação Teatro Invisível, realizada em setembro de 2024. Novas provas indicam que o grupo criminoso destruiu evidências digitais para evitar a responsabilização de seus integrantes, caracterizando obstrução de Justiça.

Além disso, os investigadores identificaram o uso de recursos não declarados em campanhas eleitorais em 2024 e fraudes em licitações públicas em municípios fluminenses.

O esquema de lavagem de dinheiro incluía contas de passagem, movimentações em espécie e a aquisição de bens de luxo para ocultar a origem ilícita dos recursos. Se condenados, os investigados podem enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 27 anos de prisão.

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