O Festival Desvio realiza a primeira edição em Belo Horizonte entre os dias 22 e 26 de abril. Com entrada gratuita, a programação está dividida entre o Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, e o Centro Cultural Usina de Cultura, no bairro Ipiranga.
A proposta do festival é destacar a Cultura do Acesso sob uma perspectiva anticapacitista. A direção geral é assinada por Brisa Marques e André Mimiza. Antes da programação artística, foram realizadas oficinas de formação voltadas para artistas, produtores e especialistas da área.
A Mostra de Cinema abre o festival no dia 22, segunda-feira, às 19h, com o longa Assexybilidade, de Daniel Gonçalves. O filme discute sexualidade e deficiência e será seguido de conversa com o diretor, Giovanni Venturini e Lívea Castro, com mediação de Sara Paoliello. A sessão tem classificação indicativa de 16 anos.
Na terça-feira, 23, serão exibidos quatro curtas com audiodescrição, libras e legendas no Festival Desvio. A sessão começa às 19h com Big Bang, de Carlos Segundo; KAI, de Elinilson Soares; La Hemi, de Ila Giroto e Estela Lapponi; e Um Ano, de Pri Garcia. Ao fim da sessão, Giovanni Venturini e Coral participam de bate-papo com mediação de Brisa Marques.
No dia 24, quarta-feira, tem o clássico Os Palhaços (1970), de Federico Fellini, às 19h. Às 22h, entra em cartaz o longa Parque de Diversões, de Ricardo Alves Jr., com debate após a sessão. Todas as exibições têm acessibilidade completa.
Performances e espetáculo encerram festival Desvio
No sábado, 26 de abril, o festival Desvio se concentra no Centro Cultural Usina de Cultura com as Ocupações Artísticas. As atividades começam às 14h com uma performance de Paulo Nazareth. O artista mineiro apresenta uma intervenção inédita baseada em seu trabalho sobre deslocamento, ancestralidade e crítica social.
Às 15h, Renata Mara apresenta a performance-palestra O maior verbete de todos, com participação de Kristoff Silva. A obra aborda as experiências da artista com a cegueira, combinando humor, sensualidade e reflexão sobre acessos sensoriais.
Em seguida, às 16h, acontece o show da cantora Coral, artista baiana travesti. Ela interpreta faixas autorais como Ressonância, gravada com Chico César, e Eu Sou Baiana, com Daniela Mercury, em apresentação em formato voz e violão.
O encerramento será às 18h com o espetáculo Corpo, Preto, Surdo: Nós Estamos Aqui, assinado por Marcos Andrade e Jaqueline Gonçalves. A montagem une performance física, poesia e Libras para explorar a identidade de pessoas negras surdas e ouvintes.
Programação detalhada
Mostra de Cinema – Cine Humberto Mauro
22 de abril (segunda-feira), 19h
- Assexybilidade – Daniel Gonçalves (86 min / 16 anos)
Bate-papo com Daniel Gonçalves, Giovanni Venturini e Lívea Castro
23 de abril (terça-feira), 19h
- Big Bang – Carlos Segundo (14 min / 12 anos)
- KAI – Elinilson Soares (11 min / livre)
- La Hemi – Ila Giroto e Estela Lapponi (10 min / livre)
- Um Ano – Pri Garcia (9 min / 10 anos)
Bate-papo com Giovanni Venturini e Coral
24 de abril (quarta-feira)
- 19h – Os Palhaços – Federico Fellini (92 min / livre)
- 22h – Parque de Diversões – Ricardo Alves Jr. (73 min / 18 anos)
Bate-papo com equipe do filme
Ocupações Artísticas – Usina de Cultura
26 de abril (sábado)
- 14h – Performance com Paulo Nazareth
- 15h – Performance O maior verbete de todos com Renata Mara e Kristoff Silva
- 16h – Show de Coral (voz e violão)
- 18h – Espetáculo Corpo, Preto, Surdo: Nós Estamos Aqui
Todas as atividades são gratuitas e contam com recursos de acessibilidade.
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