INSS: governo Lula desmontou golpe de R$ 6,5 bi que passou por Temer e Bolsonaro

Alessandro Stefanutto, demitido do cargo de presidente do INSS. Foto: Reprodução

Embora a mídia tente jogar o escândalo no colo do atual governo, a Controladoria-Geral da União (CGU) desta gestão identificou um esquema bilionário de desvio de recursos do INSS que remonta ao governo Michel Temer.

De acordo com a Polícia Federal e a própria CGU, desde 2018 instituições sem vínculo direto com aposentados vinham realizando descontos suspeitos nos benefícios pagos pelo sistema previdenciário.

Esse tipo de irregularidade se aprofundou nos anos seguintes, especialmente durante o mandato de Jair Bolsonaro. Já nos últimos momentos de sua administração, enquanto o ex-presidente se ausentava do país, foram aprovadas medidas que abriram ainda mais espaço para a atuação dessas entidades, permitindo que continuassem descontando valores de forma indevida de milhares de segurados.

Apesar dos sinais de fraude, nenhuma providência foi tomada à época. A ausência de fiscalização rigorosa e a omissão do governo anterior contribuíram para que o esquema se expandisse silenciosamente. Com isso, estimativas apontam que cerca de R$ 6,5 bilhões tenham sido desviados dos cofres públicos, prejudicando sobretudo aposentados e pensionistas.

Os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. Reprodução

Somente com a chegada do governo Lula, em 2023, houve uma mudança de postura. A atual administração garantiu independência plena à CGU e à Polícia Federal, restabelecendo o funcionamento adequado dos mecanismos de controle. Com liberdade para agir, as investigações avançaram rapidamente, revelando o tamanho do rombo deixado pelos anos de negligência.

Esse trabalho coordenado entre os órgãos de fiscalização permitiu não só identificar a origem das fraudes, mas também desmantelar parte da rede responsável pelos desvios. A atuação firme e transparente das instituições reforça a importância de uma gestão pública comprometida com o combate à corrupção, sem interferências políticas que dificultem a apuração dos fatos. Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, inclusive, foi demitido no início da noite desta quarta (23).

O caso expõe, mais uma vez, como a má condução administrativa pode alimentar práticas criminosas, enquanto a autonomia das instituições é essencial para resgatar a confiança na gestão pública. Para muitos, essa diferença de postura entre governos ajuda a explicar por que o combate à corrupção hoje voltou a ganhar força — e por que tantos brasileiros reafirmaram seu voto de confiança na mudança.

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