
Horas antes dos ataques russos que mataram ao menos nove pessoas em Kiev nesta quinta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, mas afirmou acreditar que há um acordo em andamento para pôr fim à guerra.
Em publicação na rede Truth Social na tarde de quarta-feira (23), Trump acusou Zelensky de adotar uma postura “inflamatória” ao reiterar que a Ucrânia “não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia”. Segundo Trump, essa posição prejudica as negociações de paz e ignora o fato de que a península foi “entregue à Rússia sem resistência” durante o governo Obama. “Ele pode ter paz ou lutar por mais três anos antes de perder o país inteiro”, escreveu Trump.
Mais tarde, durante coletiva no Salão Oval, Trump afirmou que “acha” ter um acordo com os presidentes da Rússia e da Ucrânia. “Acho que a Rússia está pronta… precisamos chegar a um acordo com Zelensky”, declarou. O republicano também disse ter encontrado mais dificuldades do que o esperado para negociar com o líder ucraniano. “Achei que seria mais fácil lidar com Zelensky. Até agora, tem sido mais difícil.”
Apesar das declarações públicas, membros do governo norte-americano apresentaram avaliações diferentes. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse no mesmo dia que Trump estava “frustrado” com a falta de avanços e que Zelensky “parece estar indo na direção errada”. Fontes da administração afirmaram à imprensa que, sem progresso rápido, os Estados Unidos poderiam abandonar os esforços de mediação.
Trump evitou comentar diretamente a proposta americana que incluiria o reconhecimento da Crimeia como território russo, limitando-se a dizer que “não tem favoritos” e que quer apenas o fim da guerra. A fala contrasta com o posicionamento reiterado de Zelensky, que afirma que qualquer cessar-fogo deve incluir a recuperação de todos os territórios ocupados.
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