Madero retoma expansão gradual, investimento aumenta – e a dívida também

O lucro líquido da rede de restaurantes Madero deu um salto, de uma cifra modesta de R$ 2,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 53,2 milhões entre janeiro e março de 2025. Aos poucos, o grupo do empresário Junior Durski retoma o processo de expansão que perdeu a mão no passado e deixou a empresa com uma dívida bilionária. No primeiro trimestre, a rede inaugurou duas novas unidades: um Madero Steak House, em São Paulo, e um restaurante híbrido (Madero e Jeronimo) em Curitiba. Além disso, três restaurantes Jeronimo foram convertidos para esse formato.

“Nosso plano para 2025 segue inalterado: continuaremos acelerando gradativamente a expansão, sempre mantendo a busca contínua por ganhos de eficiência, a gestão cautelosa do caixa e o foco absoluto em qualidade e na satisfação de nossos clientes e colaboradores”, diz a mensagem da administração, assinada por Durski.

Junior Durski (Divulgação)

O lucro líquido da companhia cai de R$ 53,2 milhões para R$ 25,4 milhões, excluindo o benefício extraordinário decorrente do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE). Ainda assim, a cifra é quase dez vezes maior que a obtida um ano antes.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 167 milhões, com alta anual de 12,5%. Descontando o PERSE, o resultado vai para R$ 137,3 milhões.

A receita líquida total, por sua vez, chegou a R$ 517,1 milhões, com crescimento de 6,4% no mesmo intervalo de tempo. Sem o benefício do programa emergencial, o valor fica em R$ 477,7 milhões.

As vendas em restaurantes abertos há pelo menos 12 meses (acompanhadas pelo indicador SSS) cresceram 6,1% no primeiro trimestre, na comparação anual. O formato híbrido foi o que mais cresceu em vendas comparáveis, avançando 35,9%.

A abertura de novas lojas impulsionou o capex (investimentos) da companhia, que chegou a R$ 62,5 milhões no período. O valor é 325,2% maior que o do primeiro trimestre de 2024. Só os restaurantes novos responderam por R$ 42 milhões dessa cifra.

Por outro lado, o endividamento da companhia também voltou a crescer no trimestre. A dívida financeira líquida do Madero atingiu R$ 774,5 milhões, R$ 211 milhões a mais em relação à cifra do final do ano passado. A administração atribuiu este o aumento ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.

O índice de alavancagem (Dívida Líquida / EBITDA Anualizado) subiu para 1,19 vez, ante 0,93 vez no quarto trimestre de 2024.

“A pequena elevação neste indicador, em relação ao nível observado em 31/12/2024 (0,93x), é transitória, e esperamos que retome a tendência de redução nos próximos trimestres”, diz o texto assinado por Junior Durski.

No último mês de fevereiro, o Madero captou R$ 130 milhões em uma sétima emissão de debêntures simples outros R$ 70 milhões com notas comerciais escriturais privadas.

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