Lupi admite demora na resposta a fraudes no INSS e diz que instituto “não é botequim”

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, prestou esclarecimentos nesta segunda-feira (28) ao Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) sobre a crise no INSS, que foi deflagrada após a Polícia Federal realizar uma operação contra diretores e o então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto.

Durante a reunião, Lupi enfatizou a dimensão do INSS e mencionou que o órgão atualmente opera com apenas metade do quadro de funcionários que tinha há 15 anos.

“São 20 mil, 21 mil funcionários, metade do que havia há 15 anos”, disse o ministro, ressaltando que o INSS atualmente gerencia cerca de 40,6 milhões de beneficiários e recebe 1,4 milhão de novos pedidos por mês.

Lupi afirmou que todas as entidades investigadas por suspeitas de irregularidades são “antigas” e enfatizou a necessidade de aguardar a conclusão das investigações da Polícia Federal. “O INSS não é um botequim de esquina. Não dá para fazer em 24 horas. O trabalho precisa ser realizado com cuidado”, afirmou.

O ministro reiterou que tomou medidas para tentar conter os desvios, incluindo a demissão do diretor de Benefícios, André Fidelis, a edição de uma nova Instrução Normativa para endurecer as regras dos descontos e a realização de uma auditoria interna no instituto.

Apesar disso, Lupi reconheceu que a resposta do governo demorou: “Levou-se tempo demais. É um momento difícil em que você sofre muita pressão”, declarou, acrescentando que fez uma leitura dinâmica do relatório neste domingo (27).

As investigações da operação “Sem Desconto” revelaram um esquema de fraude nos acordos de desconto associativo em aposentadorias e pensões, com um desvio estimado em cerca de R$ 6 bilhões. Desde a última quarta-feira (24), todos os repasses a entidades associativas foram suspensos.

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