
O tema recorrente de recuperação de rentabilidade do Santander Brasil (SANB11) voltou a ser pautado na coletiva de imprensa sobre os resultados do banco no primeiro trimestre de 2025. O CEO Mario Leão segue firme no argumento de que a instituição financeiro “não vai dar cavalo de pau” em sua estratégia e voltou a dizer que o mercado não deve esperar por um grande salto em 2025.
“O ano passado, na verdade, foi um ano de recuperação bem material de lucro e lucratividade. Então é improvável que a gente tenha um ‘delta’ de lucratividade compatível com o que foi 2024 e 2023”, afirmou.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) do Santander Brasil foi de 17,4% no primeiro trimestre do ano, alta de 3,3 pontos percentuais na comparação ano a ano.
“O que a gente mostra e deixa a gestão bastante contente é que a gente conseguiu manter, no primeiro trimestre, um patamar de lucro e rentabilidade conforme terminamos o ano passado. A gente vai continuar buscar evoluindo? Claro que sim. A gente vai ter um grande salto em 2025? Não”, disse Leão.
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“O que a gente tá fazendo agora é a lapidação da nossa estratégia com base em uma visão de médio prazo de que fica cada vez mais perto, não de muitos, mas alguns poucos anos à frente, para a gente buscar a rentabilidade de 20% ou mais, que não é o objetivo final”, continuou.
O executivo diz que a ambição do banco é chegar a esse patamar de rentabilidade com lucro maio. “É uma arte que estamos trabalhando nessa linha: ser mais rentável primeiro, ser maior logo depois. Mas não quero abrir mão de tamanho só para ser mais rentável”, afirmou.

Leão diz que 2025 será um ano de transição, com um cenário macroeconômico muito mais complexo. “O juro médio desse ano vai ser mais alto do que o do ano passado, a inflação média também. Isso tem efeito em crescimento, óbvio, e em dinâmica de portfólio, na capacidade das pessoas pagarem suas dívidas, consumirem, capacidade das empresas pagarem suas dívidas com juros que não param de subir”, afirma.
O Santander Brasil reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025, montante 27,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2024 e 0,2% acima do quarto trimestre de 2024. Já o lucro societário foi de R$ 3,778 bilhões, o que representa um crescimento de 28,7% na comparação ano a ano.
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