
O terremoto de magnitude 7,4 que atingiu o extremo sul do Chile nesta sexta-feira (2) gerou preocupações em países vizinhos, mas não há indícios de que o Brasil tenha sido ou venha a ser afetado pelo tremor. Apesar de o abalo ter sido sentido em partes da Argentina, o território brasileiro historicamente não corre risco.
O epicentro do terremoto foi registrado na região da Passagem de Drake, cerca de 218 quilômetros ao sul de Puerto Williams, na região de Magallanes e Antártica Chilena. O fenômeno ocorreu a apenas 10 km de profundidade, no mar, o que levou as autoridades chilenas a emitirem alertas de tsunami e iniciarem evacuações em áreas costeiras.
Contudo, devido à localização remota do epicentro e à distância considerável em relação ao território brasileiro, os efeitos não chegaram a ser percebidos no Brasil.
O Brasil se encontra no centro da Placa Sul-Americana, distante das bordas tectônicas onde ocorrem os grandes terremotos. Por isso, mesmo tremores intensos em países vizinhos, como Chile, Peru e Argentina, raramente têm reflexos em solo brasileiro. Em casos isolados, abalos podem ser sentidos nas regiões Sul e Sudeste, geralmente em forma de pequenas vibrações, sem riscos estruturais ou à população.
Segundo especialistas, a possibilidade de o terremoto chileno provocar qualquer impacto direto no Brasil é praticamente nula. Isso porque o país não está situado sobre falhas geológicas ativas como a região dos Andes, conhecida por sua alta atividade sísmica.

Embora esteja em zona estável, o Brasil registrou no mesmo dia, 2 de maio, o maior terremoto de sua história. Um abalo sísmico de magnitude 6,6 foi detectado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos na região Norte, mais precisamente em Ipixuna, no Amazonas.
O tremor foi registrado a 614,5 km de profundidade, o que impediu que a energia sísmica atingisse a superfície de forma perceptível. O Centro de Redes de Terremotos da China também identificou o evento, apontando uma profundidade ainda maior, de 630 km.
Esse terremoto superou o registrado em 2022 em Tarauacá (AC), que teve magnitude de 6,5 e também não causou danos. A proximidade dessas áreas com a Cordilheira dos Andes explica a ocorrência de tremores, mesmo em regiões brasileiras.
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