Você pode confiar no Signal? Elon Musk e o CEO do Telegram lançam acusações fortes

Quando pensamos em aplicativos de mensagens, geralmente nos vem à mente o WhatsApp ou o Telegram. No entanto, existe uma infinidade de aplicativos que podemos baixar para nos comunicarmos. Um deles é o Signal, lançado em 2014 e reconhecido por sua criptografia de ponta a ponta, que garante padrões de segurança mais altos do que suas concorrentes. A razão? Ao contrário de outros aplicativos, o Signal afirma que não coleta dados pessoais e que todas as conversas ou chamadas estão protegidas. Tanto é assim que até mesmo especialistas em segurança recomendam seu uso acima do resto. Todos, exceto Elon Musk e Pavel Durov, o CEO do Telegram.

Ambos empresários não tiveram problemas em questionar abertamente a segurança do Signal. Tanto é assim que Durov afirmou recentemente em seu canal do Telegram que o governo dos Estados Unidos teria investido milhões no desenvolvimento da criptografia do Signal, sugerindo que isso compromete sua segurança, e mencionando que Katherine Maher, presidente do conselho de administração do Signal, tem histórico em agências relacionadas à inteligência norte-americana.

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Por que Elon Musk e o CEO do Telegram estão contra o Signal?

Enquanto Pavel Durov insiste que ouviu de múltiplas fontes confiáveis que as mensagens privadas do Signal podem ser expostas em cortes e meios de comunicação americanos, Musk decidiu se juntar a essas dúvidas, apontando em uma mensagem que existem “vulnerabilidades conhecidas no Signal que não estão sendo corrigidas”, mudando completamente seu discurso de 2021, época em que ainda recomendava usar o Signal para conversar.

No entanto, apesar de o código fonte do Signal estar publicamente disponível, Musk não forneceu evidências específicas para apoiar suas afirmações. Na verdade, esses ataques surgem enquanto especialistas ainda defendem sua segurança, incluindo Edward Snowden, ex-funcionário reconhecido da Agência Central de Inteligência e da Agência de Segurança Nacional.

Por sua vez, Meredith Whittaker, presidente da Signal, defendeu o aplicativo afirmando que não há evidências de vulnerabilidades e destacando a consistência do protocolo Signal após uma década de testes intensivos.

Além disso, Matthew Green, professor de criptografia na Universidade John Hopkins, acusou o Telegram de realizar uma campanha para mover os usuários do Signal para sua plataforma, considerando-a muito menos segura.

E como não poderia faltar, essas acusações também respingaram no WhatsApp, com Durov apontando a falta de transparência na publicação do código de seus aplicativos e criticando seu discurso sobre privacidade como um “truque de circo”.

Claro que, como era de esperar, o debate sobre a segurança dos aplicativos de mensagens não é novo. O Telegram, embora implemente criptografia de ponta a ponta, não o faz por padrão, o que, segundo os críticos, poderia significar uma vulnerabilidade para as pessoas, a menos que ativem manualmente as “Conversas Secretas”.

Por outro lado, a política de privacidade do Telegram afirma que todos os dados em seus servidores são fortemente criptografados para proteger contra acessos não autorizados, e mantém um programa de recompensas para quem descobrir falhas.

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