Perigo para a humanidade? Anomalia magnética no sul da Terra está crescendo sem parar

Apesar de sua distância, a energia e as partículas do Sol são capazes de alcançar a Terra. Em parte, é essa mesma distância que permite as formas de vida no planeta, e é aqui que entra em jogo a proteção vital que nos é fornecida. Por um lado e rodeando a Terra como um manto gasoso, a atmosfera atua como um escudo protetor contra a radiação solar prejudicial.

Por outro lado, nosso planeta possui um campo magnético gerado pelo movimento do núcleo líquido de ferro. Este campo magnético atua como um escudo invisível, desviando a maior parte das partículas carregadas de alta energia, conhecidas como vento solar, que emanam do Sol. No entanto, em algumas áreas do planeta, esse escudo protetor se enfraquece, criando anomalias magnéticas.

A mais importante é a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), localizada principalmente sobre o Brasil.

É perigosa?

De acordo com um relatório recente do governo dos Estados Unidos, a AMAS está enfraquecendo e se expandindo. Isso significa que as partículas carregadas do vento solar podem chegar à Terra com mais facilidade, o que afeta os satélites e as comunicações por rádio.

O enfraquecimento do campo magnético não tem impacto na saúde humana, mas pode danificar os satélites que passam pela zona da AMAS. A radiação solar pode afetar seus componentes eletrônicos, causando falhas ou até mesmo sua destruição.

Para evitar esses danos, os operadores de satélites às vezes os colocam em modo de espera ao passar pela AMAS. Isso significa que alguns componentes são desligados temporariamente, o que pode interromper os serviços que esses satélites fornecem. As consequências de uma falha nos satélites podem ser graves.

Dependemos deles para uma grande quantidade de serviços essenciais, como a comunicação telefônica, a navegação GPS, a televisão por satélite e a previsão do tempo.

A AMAS é um problema crescente para a indústria espacial, e estão sendo buscadas soluções. Uma possibilidade é desenvolver satélites mais resistentes à radiação. Outra opção é encontrar novas rotas para os satélites que evitem a região da AMAS.

Em última análise, o enfraquecimento da AMAS é um lembrete de que nossa dependência da tecnologia espacial nos torna vulneráveis aos fenômenos naturais. É importante continuar pesquisando esse problema e buscar soluções para proteger nossos satélites e garantir a continuidade dos serviços que eles fornecem.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.