Inimigos de Marcola no PCC planejaram explodir prédio público no DF

Marcola, apontado como líder do PCC. Foto: Reprodução

Roberto Soriano, conhecido como Tiriça, de 50 anos, Abel Pachedo de Andrade, o Vida Loka, de 49 anos, e Wanderson Nilton de Paula Lima, apelidado de Andinho, com 45 anos, conceberam um plano para explodir o antigo edifício do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) em 2018, enquanto ainda ocupavam posições de liderança na facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

Recentemente, o trio foi expulso da facção e sentenciado à pena de morte pela “sintonia final”, os quais são líderes da organização, após acusarem Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, de delação, segundo informações divulgadas pela polícia.

Conforme investigações da Polícia Federal, o plano para explodir prédios públicos e sequestrar figuras importantes teve origem em conversas entre Vida Loka e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, na Penitenciária Federal de Mossoró, em junho de 2017.

Beira-Mar, líder do Comando Vermelho, aconselhou Vida Loka a realizar ações violentas nas ruas para desestabilizar o Sistema Penitenciário Federal (SPF) e obter concessões para os presos, inspirando-se em táticas empregadas pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Abel Pacheco, o Vida Loka, apontado como o antigo número 2 do PCC. Foto: Divulgação/ Polícia Civil

Na sequência, Vida Loka compartilhou essas ideias com Tiriça e Andinho, enquanto estava detido na Penitenciária Federal de Porto Velho, propondo a elaboração de um plano ainda mais ambicioso.

A proposta incluía a colocação de um veículo carregado com 50 kg de explosivos C-4 na garagem do antigo prédio do Depen, contendo uma lista de reivindicações direcionada ao diretor do Departamento Penitenciário Nacional.

Entre as reivindicações estavam questões como o aumento do tempo de visitas sociais e íntimas para os presos federais, além do acesso a meios de comunicação nas celas. O plano também previa ameaças de mais atentados em grandes centros financeiros caso as exigências não fossem atendidas em 30 dias.

O setor de inteligência do Depen interceptou o plano, conhecido como “Pé de Borracha”, encontrando bilhetes com detalhes das ações. Os agentes descobriram que as mensagens seriam levadas às ruas por mulheres ligadas a outros detentos.

O Ministério Público Federal denunciou os envolvidos à Justiça Federal de Rondônia, acusando-os de associação criminosa. O conflito no PCC teve início após uma gravação de áudio, na qual Marcola atribuiu a Tiriça atentados contra agentes públicos, levando ao racha na facção. Marcola e os rivais estão atualmente detidos na Penitenciária Federal de Brasília.

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