Musk diz que Trump quer fechar agência de ajuda internacional dos EUA: “Organização criminosa”

Elon Musk e Donald Trump: o bilionário chamou a agência de ajuda internacional dos EUA de ‘organização criminosa’. Foto: reprodução

Elon Musk classificou a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) como uma “organização criminosa” após a decisão do presidente Donald Trump de congelar por três meses as ajudas de Washington a outros países.

A declaração do bilionário veio depois que dois altos funcionários da agência, o diretor John Voorhees e seu vice, foram afastados no sábado à noite após se recusarem a permitir que representantes do Departamento de Eficiência Governamental (Doge) de Musk tivessem acesso aos sistemas internos da instituição.

“Usaid é uma organização criminosa”, escreveu Musk em sua rede social X ao responder a um vídeo que acusa a agência de estar envolvida “em trabalhos sujos da CIA” e na “censura da internet”.

O bilionário também afirmou que está trabalhando para fechar a Usaid e que Trump apoia essa medida. “Ficou evidente que não se trata de uma maçã com um verme dentro, o que temos é simplesmente um ninho de vermes. Temos que nos livrar de tudo, está além de qualquer conserto. Vamos fechá-la”, declarou.

No meio da controvérsia, o site da agência ficou fora do ar no sábado, o que pode indicar uma perda iminente de autonomia. Funcionários acreditam que Trump deve oficializar essa medida em breve por meio de uma ordem executiva. Além disso, o site do Departamento de Estado mantém uma página com postagens arquivadas da Usaid.

A agência é o maior doador individual do mundo. Em 2023, os EUA destinaram US$ 72 bilhões (cerca de R$ 420,7 bilhões) por meio da Usaid para assistência humanitária em diversas áreas, incluindo saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, tratamentos para HIV/AIDS, segurança energética e combate à corrupção. Em 2024, a instituição foi responsável por 42% de toda a ajuda humanitária rastreada pela ONU.

Trump determinou na última semana um congelamento global na maior parte dos fundos de ajuda externa dos EUA como parte da política “EUA Primeiro”, o que já tem impacto em várias regiões. Hospitais de campanha em campos de refugiados na Tailândia, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e medicamentos para milhões de pessoas com doenças como HIV estão entre os programas ameaçados.

Falando sobre cortes de gastos e fraudes nos EUA, Musk estimou que o governo Trump pode reduzir o déficit do país em US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,84 trilhões) no próximo ano.

Ele alegou que “quadrilhas estrangeiras de fraude profissional” estão roubando grandes quantias ao se passarem por cidadãos digitais falsos dos EUA. No entanto, o empresário não apresentou provas para sustentar sua afirmação nem explicou como chegou a esse valor.

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