Testemunha sinaliza que terrorista pode não ter agido sozinho no ataque ao STF

Francisco Wanderley Luiz, que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira, 13 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) investiga o depoimento de Ailton Bezerra, um morador de rua que relatou ter testemunhado um diálogo do homem-bomba bolsonarista Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, com outro indivíduo na madrugada do ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (13).

Segundo Bezerra, a conversa ocorreu no estacionamento IV da Câmara dos Deputados, onde Francisco mantinha um trailer alugado e deixava seu carro. Com informações do Globo.

Bezerra contou à PF que Francisco chegou ao estacionamento por volta de 0h30 no dia 13. Minutos depois, ouviu outra pessoa dizer: “A porta está aberta”, e Francisco respondeu: “Vamos subir para cá”. Ele não conseguiu identificar o segundo homem, mas afirmou que Francisco era frequentador regular do local e o conhecia pelo apelido de “gaúcho”.

O terrorista passou a noite no trailer estacionado na área e, na manhã seguinte, foi registrado por câmeras acessando o prédio do Anexo IX da Câmara às 8h15. Segundo informações, ele utilizou o banheiro e saiu logo depois. Bezerra também afirmou que viu Francisco próximo ao carro por volta das 8h30, mas não avistou mais ninguém com ele durante o dia.

Carro com explosivos próximo à Praça dos Três Poderes, segundo a PM, o veículo seria de Francisco Wanderley Luiz – Foto: Reprodução

No início da noite, Tiü França foi visto pegando uma mochila no veículo e seguindo para a Praça dos Três Poderes, onde afirmou que iria a um evento. No mesmo dia, Bezerra observou Francisco vestindo roupas verdes com corações e o alertou por áudio sobre o incêndio no carro, mas não obteve resposta.

A PF investiga se o bolsonarista atuou sozinho ou contou com apoio logístico e financeiro. Além do relato de Bezerra, testemunhas como o comerciante que vendeu fogos de artifício ao homem-bomba também estão sendo ouvidas. Segundo o vendedor, o extremista gastou R$ 1,5 mil nos artefatos, comprados uma semana antes do ataque.

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