‘Modo ladrão’ do Google já foi baixado por mais de 1 milhão de usuários

O Google iniciou, em agosto, um teste do “modo ladrão” em dispositivos Android no Brasil. A ferramenta, que teve a fase de experimentação encerrada em outubro, trava a tela do smartphone quando há uma mudança brusca de velocidade, algo que acontece em roubos como aqueles da “gangue da bicicleta”, muito comuns em grandes cidades do país.

Em entrevista à Agência Estado, Bruno Diniz, engenheiro de software do Google e responsável pela implementação da ferramenta, destacou que o Brasil foi o primeiro país a receber o recurso, devido ao alto índice de roubos de celulares – segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o País registra 107 ocorrências do tipo por hora.

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‘Modo ladrão bem aceito’

A preocupação com os furtos se refletiu em números: desde agosto, mais de 1 milhão de usuários do Android já ativaram o recurso em seus smartphones. O número é revelador, pois o recurso não é habilitado por padrão – o usuário precisa ativar o recurso no telefone. “Muitos brasileiros passaram a usar o modo ladrão em seus dispositivos como medida preventiva. Foi um indicador muito positivo para a empresa de que a novidade está sendo bem aceita e deve se popularizar.”

A ativação do modo não configura o roubo do smartphone, apenas que o celular está com a medida ativa caso essa ação aconteça. O sistema, compatível com dispositivos Android a partir da versão 10, é nomeado oficialmente de “Theft Protection Lock” e utiliza inteligência artificial (IA) para detectar possíveis roubos. A ferramenta analisa padrões de movimento e velocidade do aparelho para identificar ações bruscas, como um furto, e bloqueia automaticamente a tela.

O Google oferece ainda outros dois mecanismos de segurança: o bloqueio remoto e o bloqueio de dispositivo offline. O primeiro permite que o usuário bloqueie o aparelho remotamente por meio de um site específico, apenas com o número de celular, sem necessidade de senha da conta Google. Já o bloqueio de dispositivo offline impede que a tela seja acessada se o aparelho ficar sem conexão por um período de tempo, uma tática usada em roubos para evitar que seja rastreado.

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