Trump promete estado de emergência e recursos militares para deportação em massa

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Jim Watson/AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que vai declarar estado de emergência e usar recursos das Forças Armadas do país para deportar migrantes. O anúncio foi feito por Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch, e a medida foi confirmada pelo republicano na manhã desta segunda (18) nas redes sociais.

“Boas notícias: segundo alguns relatos, a próxima administração de Donald Trump está pronta para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares para combater a invasão (permitida pelo presidente Joe) Biden por meio de um programa de expulsões em massa”, escreveu Fitton no dia 9 de novembro. “É verdade!”, escreveu Trump na manhã de hoje.

À CNN americana, fontes próximas a Trump afirmaram que os planos do novo governo já começaram a ser traçados e devem incluir medidas rígidas na fronteira, a revogação de políticas de Joe Biden, atual presidente do país, e deportação em massa de migrantes.

Donald Trump na a fronteira Estados Unidos-México em Eagle Pass, no Texas. Foto: Go Nakamura/Reuters

Em abril deste ano, Trump afirmou que a Guarda Nacional, força militar sob comando de governadores, “deveria ser capaz” de expulsar todos os migrantes em situação irregular. Ele afirmou que usaria o Exército caso seja necessário.

Durante comício nos últimos dias de campanha presidencial, o republicano afirmou que promoverá “o maior programa de deportação da história americana para tirar os criminosos do nosso país”. Ele já nomeou diversos defensores de uma política migratória rígida para cargos no governo, como Tom Homan, ex-diretor interino da Imigração e Fiscalização Aduaneira dos EUA (ICE) chamado de “czar da fronteira”.

Ele ainda nomeou outros dois aliados com perfis similares: a governadora da Dakota do Sul Kristi Noem para frente do Departamento de Segurança Interna, responsável pela proteção das fronteiras, alfândega e gestão da imigração, e o deputado Mike Waltz, que será conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

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