Plano para matar Lula foi impresso com Bolsonaro no Planalto, diz PF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo de suposto plano orquestrado para assassiná-lo antes de sua posse, em 2023 – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) revelou que o documento denominado “Plj.docx”, contendo detalhes de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, foi impresso dentro do Palácio do Planalto. A impressão ocorreu em 6 de dezembro de 2022, às 18h09, pelo general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a investigação, a impressão do plano, identificado como parte da operação “Punhal Verde e Amarelo”, foi realizada em meio à presença de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Além disso, registros mostram que aparelhos telefônicos de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e do major Rafael Martins de Oliveira estavam conectados a redes de comunicação no local. Após a impressão, o documento foi levado ao Palácio da Alvorada, residência oficial do ex-chefe de Estado na ocasião.

A PF também destacou que o grupo, apelidado de “kids pretos”, utilizava suas habilidades militares para planejar ações extremas, incluindo sabotagens e execuções de autoridades.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Reprodução

Operação Contragolpe

A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), desarticulou o esquema e prendeu cinco envolvidos, incluindo Mário Fernandes e Rafael Martins de Oliveira. A investigação aponta que Rafael, membro das Forças Especiais do Exército, teria negociado recursos para financiar atos antidemocráticos, além de integrar o planejamento operacional.

O plano, segundo a PF, incluía a prisão ou execução de Moraes em 15 de dezembro de 2022, data prevista para a posse de Lula. A estratégia fazia parte de uma série de ações articuladas para impedir o governo eleito de assumir. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e esclarecer os detalhes do esquema.

Com a operação, a PF apreendeu documentos e dispositivos eletrônicos relacionados ao plano.

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