Deputados e “caras do agro” pressionaram Bolsonaro por golpe, disse Cid

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Cristobal Herrera/EFE

Uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, mostra que o ex-presidente estava sendo pressionado para “tomar uma medida mais pesada utilizando as forças [armadas]”.

Bolsonaro estaria sendo pressionado por deputados e por pessoas do agronegócio.

A informação consta na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (19). A ação mirou uma organização criminosa responsável por planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio Moraes.

Os assassinatos deveriam ocorrer em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação do petista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Boa tarde, General! Só para atualizar o senhor que vem acontecendo é o seguinte. O presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né? Mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia, que ele saiu da última reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. Ele está… é cara do agro. São alguns deputados, né?”, escreveu Cid.

Na mensagem, Cid ainda mencionou a minuta de decreto que Bolsonaro teria ajustado para executar um golpe de Estado. Cid afirmou a Freire Gomes que o ex-mandatário havia “enxugado” o decreto.

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