Censura: Professor Reginaldo Nasser é denunciado por sionistas da PUC-SP

Os professores Reginaldo Nasser e Bruno Huberman. Fotomontagem

Os professores Reginaldo Nasser e Bruno Huberman, do curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), foram denunciados por suposto antissemitismo por um grupo de estudantes sionistas da instituição. A denúncia foi comunicada aos docentes pelo Setor de Ética e Integridade da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da universidade, na última terça-feira (19).

Segundo Nasser, que confirmou o recebimento da acusação ao Opera Mundi, a comunicação inicial foi vaga, sem detalhes específicos e o setor responsável não havia passado previamente pela reitoria: “Não detalharam, apenas falaram que é antissemitismo e pronto. Fizeram uma convocação por telefone e eu solicitei que ela fosse encaminhada por e-mail. Marcaram uma reunião sem informar do que se tratava”.

Em agosto deste ano, um ato realizado na PUC-SP contra o genocídio promovido por Israel em Gaza gerou controvérsias. Apesar do caráter crítico ao movimento político sionista — que governa Israel e é responsável por ações militares em Gaza e no Oriente Médio — um grupo de estudantes de origem judaica considerou o evento ofensivo. Eles alegaram que o protesto incluiu “conteúdo e falas discriminatórios, antissemitas e ofensivos”.

Fachada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) – Divulgação

Após o protesto, o secretário-executivo da Fundasp, Padre José Rodolpho Perazzolo, reuniu-se com esses alunos em setembro. Na ocasião, segundo nota publicada no site da Fundasp, o padre comprometeu-se a investigar as denúncias de “atos de intolerância”.

Tanto Reginaldo Nasser quanto Bruno Huberman são reconhecidos por suas posições firmes contra o genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza. Suas atuações acadêmicas e engajamento em causas humanitárias frequentemente destacam os impactos das políticas de Israel na região, o que os torna alvos de críticas por setores pró-Israel.

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