Após Copom, Ibovespa (IBOV) redobra desafio de se manter positivo em dezembro

Após um período de baixa, o Ibovespa (IBOV) apresenta sinais de recuperação em dezembro, acumulando alta de 3,12% no mês e alcançando 129.593 pontos. Apesar do desempenho positivo recente, o índice ainda registra uma queda de 3,42% no acumulado do ano.

O movimento atual destaca um momento crucial para o mercado, com o índice oscilando entre suportes e resistências importantes que podem definir sua trajetória nos próximos meses.

Especialmente nesta quinta-feira (12), o Ibovespa enfrenta o desafio pós decisão da reunião do Copom, na véspera, que acelerou a intensidade de alta dos juros básicos da economia.

Assim, após fechar aos 129.593 pontos nesta quarta, segundo a análise técnica, os 128.340 pontos são o suporte imediato (média móvel de 200 períodos), enquanto a faixa entre os 129.900 e os 130.900 pontos forma a resistência inicial no curto prazo.

Para entender até onde o preço do Ibovespa pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do Ibovespa

No gráfico diário, uma recente trajetória de baixa, guiada por uma linha de tendência de baixa (LTB) desde o topo histórico de agosto, começa a ser desafiada. Nos últimos três pregões, o índice apresentou forte valorização, rompendo médias móveis importantes e testando a resistência da LTB.

O suporte imediato está na média de 200 períodos, na faixa de 128.340 pontos. Uma perda dessa região poderia levar o índice a testar suportes em 127.445 e 125.645 pontos, com alvos mais longos em 123.000 e 118.828 pontos.

Para sustentar o movimento de alta, será crucial superar a faixa de 129.900 a 130.900 pontos, pavimentando o caminho para resistências em 131.700 e 134.391 pontos. Uma eventual superação do topo histórico de 137.469 pontos abriria espaço para novos patamares, com projeções que podem atingir 140.000 pontos.

Fonte: RocketTrader. Gráfico Diário. Elaboração: Rodrigo Paz

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Análise de médio prazo

Desde o fundo de 2023, quando atingiu 96.996 pontos, o Ibovespa declarou força compradora, formando uma estrutura de topos e fundos ascendentes e renovando máximas históricas. O ápice ocorreu em agosto de 2024, com o índice alcançando 137.469 pontos antes de iniciar um movimento corretivo.

Na análise semanal, observa-se que o índice subiu nesta semana, acumulando alta de 2,90%, negociando entre as médias móveis. Caso consiga romper a resistência entre 130.430 e 134.391 pontos, há potencial para buscar a máxima histórica (137.769 pontos) e alvos específicos em 140.000, 144.730 e até 147.000 pontos.

No entanto, uma retomada das vendas poderia levar o índice a testar suportes críticos entre 125.645 e 123.000 pontos, com desdobramentos mais intensos abaixo dessa região, mirando níveis como 118.828 e até 113.080 pontos em cenários de maior pressão do vendedor.

Fonte: RocketTrader. Gráfico Semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências do IBOV

Suportes:

1. 128.340 pontos: suporte imediato (média móvel de 200 períodos).
2. 127.445 – 125.645 pontos: Zona crítica no curto prazo, onde a perda poderia intensificar o movimento de baixa.
3. 123.000 pontos suporte intermediário e importante para manter o índice acima do padrão de consolidação.
4. 118.828 – 117.140 pontos: Suporte relevante em caso de maior pressão vendedora.
5. 113.080 – 109.825 pontos: Região de suporte de longo prazo, podendo ser alvo em cenários de baixa relevância.
6. 105.550 pontos: Suporte extremo, representando um ponto de teste em condições mais desfavoráveis.

Resistências:

1. 129.900 – 130.900 pontos: Resistência inicial no curto prazo, essencial para retomar o movimento de alta.
2. 131.700 – 134.391 pontos: Zona relevante que, se superada, pode abrir caminho para novos avanços.
3. 137.469 pontos: Topo histórico, principal referência para o rompimento de alta.
4. 140.000 – 144.730 pontos: Alvos específicos após a superação do topo histórico.
5. 147.000 pontos : Resistência de longo prazo em cenário de alta continuação.

(Rodrigo Paz é analista técnico)

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