Mourão defende Braga Netto, golpistas e ataca STF: “Ditadura da toga”

O general e senador Hamilton Mourão (Republicanos): ele defendeu golpistas e atacou o STF Foto: reprodução

O general e senador Hamilton Mourão (Republicanos) usou a tribuna do Senado na última terça-feira (17) para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Corte de perseguir “quem se atreve a ser de direita”. Com informações do Globo.

“No Brasil, o Estado de Direito se tornou um Estado de juristas ou até mesmo uma ditadura da toga”, declarou Mourão, que foi vice-presidente de Jair Bolsonaro (PL).

Em seu discurso, Mourão afirmou que o Estado democrático de Direito estaria em “franca degeneração”, responsabilizando os ministros do Supremo. “Os próprios guardiões da Carta Magna não a respeitam”, disse o senador.

Mourão elogiou o general Walter Braga Netto, preso no último sábado (14) pela Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre o plano golpista. Ele descreveu Braga Netto como “um velho soldado encanecido a serviço da pátria” e criticou a prisão do militar.

“Está afastado do convívio familiar, como se fosse um perigoso meliante capaz de atentar contra a ordem pública”, afirmou Mourão.

Braga Netto não representa nenhum risco”, diz Mourão sobre prisão | Metrópoles
Mourão e Braga Netto: o ex-vice-presidente definiu o colega como “um velho soldado encanecido a serviço da pátria”. Foto: reprodução

O senador também pediu que o Senado se mobilizasse em defesa de Braga Netto, mas o apelo não gerou comoção nem entre os bolsonaristas mais fervorosos. Enquanto Mourão fazia sua defesa, a senadora Damares Alves preferiu tratar da guerra na Ucrânia, e o senador Magno Malta comentou a despedida do ex-jogador Adriano.

Mourão também anunciou que pedirá autorização ao STF para visitar Braga Netto, que está preso no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal indiciou Braga Netto e mais 39 pessoas no inquérito que apura o plano golpista.

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