Número de mortos em queda de ponte entre TO e MA sobe para quatro; saiba quem eram as vítimas

Subiu para quatro o número de mortos na queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga as cidades de Aguiarnópolis, no Tocantins, e de Estreito, no Maranhão. Outras 13 pessoas seguem desaparecidas, mas os trabalhos de buscas enfrentam dificuldades por conta da suspeita de contaminação da água. Isso pelo fato de que dois caminhões que transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas caíram no rio e, como os produtos são tóxicos e corrosivos, há riscos.

Conforme o Corpo de Bombeiros do Maranhão, as quatro vítimas fatais que já tiveram os corpos removidos foram identificadas como:

  • Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, que estava em uma motocicleta;
  • Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos, motorista de um caminhão;
  • Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, que seguia em um caminhão que transportava portas de MDF;
  • Andreia Maria de Sousa, de 45 anos, motorista do caminhão que levava ácido sulfúrico.

Pelo menos 11 mergulhadores da Marinha foram enviados para o local para as buscas, mas os trabalhos dentro da água foram suspensos até que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) faça a análise da água para confirmar se o rio foi ou não contaminado pelos produtos tóxicos.

Por enquanto, os socorristas fazem varreduras pela área por meio de botes e lanchas. Os trabalhos seguem por tempo indeterminado.

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Queda da ponte

A queda da ponte ocorreu na tarde do último domingo (22), quando veículos que passavam pelo local, sendo que três carretas, três motos e dois carros de passeio caíram no rio (veja no vídeo abaixo).

O vereador Elias Junior (Republicanos), de Aguiarnópolis, fazia uma gravação denunciando as péssimas condições da ponte, quando ela ruiu e ele conseguiu gravar em tempo real. “Essa ponte tem mais de 60 anos e a gente sempre apontando essa estrutura precária. Fomos lá hoje para cobrar os órgãos competentes”, disse ele.

Investigação

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) disse que o vão central, que representa uma área de 533 metros de extensão, cedeu. O órgão vai apurar as circunstâncias do incidente.

Conforme o colunista Tácio Lorran, do “Metrópoles”, um documento do DNIT, expedido em janeiro de 2020, já apontava “vibrações excessivas” da Ponte Juscelino Kubistchek.

Na ocasião, a análise também identificou danificações no balanço lateral da ponte e irregularidades na geometria das lâminas, sendo que os pilares achatados que sustentavam a estrutura estavam tortos, o que era possível ver a olho nu. Além disso, expôs que as armaduras (ferragens) se encontravam expostas e corroídas. Havia fissuras em todos os pilares.

O documento foi anexados a um edital de R$ 13 milhões lançado pelo DNIT, em maio deste ano, para a contratação de empresa para a revitalização da ponte. Porém, a licitação foi fracassada, sem que nenhuma empresa tenha vencido.

O Ministério Público Federal (MPF) também informou que vai apurar os danos ambientais causados pela queda da ponte.

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