VÍDEO – 2 anos após 8/1, Moraes diz que golpismo “não está vencido”

Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Marcelo Camargo/STF

Dois anos após os ataques golpistas de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) promoveu uma roda de conversa com ministros e servidores para refletir sobre os acontecimentos. O ministro Alexandre de Moraes, relator das ações relacionadas ao episódio, descreveu o que chamou de “cronograma golpista” e detalhou os eventos que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes.

Moraes destacou episódios que antecederam os ataques, como as obstruções de vias pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições de 2022, os incêndios de ônibus em Brasília no dia da diplomação presidencial (12 de dezembro), a tentativa de invasão à sede da Polícia Federal e a ocupação do aeroporto na capital às vésperas do Natal.

“Tudo feito por, entre aspas, patriotas, senhoras, donas de casa, trabalhadores, como se não houvesse um desencadeamento golpista”, afirmou o ministro.

Ele ainda refletiu sobre a segurança no dia da posse presidencial, que, segundo ele, gerou a falsa percepção de que o golpismo digital extremista havia sido derrotado. “Nós erramos, porque não estava vencido e não está vencido”, alertou.

Desde os ataques, 371 pessoas já foram condenadas das mais de 2 mil investigadas. Dessas, 527 aceitaram acordos com o Ministério Público Federal (MPF) e admitiram a prática de crimes menos graves, totalizando 898 responsabilizações. As penas para os envolvidos variam conforme a gravidade dos atos.

Ações graves, atribuídas a 225 condenados, incluem tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público. As penas para esses crimes variam de três a 17 anos e seis meses de prisão.

Outros 146 réus foram condenados por incitação e associação criminosa, considerados crimes simples. Embora não tenham sido presos, esses indivíduos estão sujeitos a uma série de medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica por um ano, pagamento de multa, prestação de 225 horas de serviços comunitários e participação em um curso presencial sobre democracia.

Durante o período, estão proibidos de utilizar redes sociais e viajar sem autorização judicial. Por outro lado, cinco pessoas foram absolvidas por falta de provas suficientes.

DCM exibe neste 8/1 uma Live Especial sobre o tema:

 

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