Dengue: aumento de sorotipo 3 preocupa especialistas

Aedes Aegypti - transmissor da dengue

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O aumento de testes positivos para sorotipo 3 da dengue tem preocupado especialistas, visto que o vírus não circula de forma predominante no país desde 2008 e, consequentemente, grande parte da população está suscetível. Uma análise feita no mês de dezembro revelou que estados como São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná apresentam maior número de casos.

A dengue possui 4 tipos de soro denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, que podem causar sintomas leves ou evoluir para quadros graves como dengue hemorrágica. 

Dados do Ministério da Saúde mostram que, ao longo de todo o ano de 2024, o sorotipo da dengue que circulou de forma predominante no Brasil foi o 1. Considerado o mais transmissível, ele pode causar epidemias, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Apesar disso, o tipo não costuma evoluir para casos mais graves. Ainda segundo a Fiocruz, é o sorotipo 3 o responsável por causar as consequências mais preocupantes da dengue.

A ordem de potencial gravidade é: DEN-3, DEN-2, DEN-4 e DEN-1, do tipo mais perigoso para o menos.

Uma projeção baseada nos padrões registrados em 2023 e 2024 no Brasil, apresentada pelo órgão federeal, indica que a maior parte dos casos de dengue previstos para 2025 deverá ocorrer nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. Nesses locais, a incidência tende a ser maior do que a registrada no ano passado.

Os dados do Ministério também mostram que, nas últimas quatro semanas de 2024, 82% dos casos prováveis de Zika no país foram registrados no Espírito Santo, Tocantins e Acre.

Em dezembro, foram identificados 3.563 casos prováveis de Chikungunya, dos quais 76,3% ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Os dados do Ministério também mostram que, nas últimas quatro semanas de 2024, 82% dos casos prováveis de Zika no país foram registrados no Espírito Santo, Tocantins e Acre.

Em dezembro, foram identificados 3.563 casos prováveis de Chikungunya, dos quais 76,3% ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil óbitos, segundo dados disponibilizados pela pasta.

Novo plano de contingência

Diante desta situação, nesta quinta-feira (9),  Saúde divulgou a criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para Dengue e outras Arboviroses. A iniciativa busca promover o planejamento e a resposta coordenada às doenças, envolvendo estados, municípios, pesquisadores, instituições científicas e outros ministérios em um diálogo constante.

Como parte da estratégia, foi lançado o Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika. O objetivo é garantir uma preparação adequada para conter o avanço dessas doenças. O novo plano revisa e amplia a versão anterior, publicada em 2022, fortalecendo as ações de prevenção, preparação e resposta às epidemias de arboviroses.

Entre as principais medidas, destaca-se a ampliação do uso de tecnologias para o controle do vetor, incluindo:

• Expansão do método Wolbachia de 3 para 40 cidades até 2025;
• Implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas;
• Borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em áreas de grande circulação, como creches, escolas e asilos;
• Instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas na primeira fase do projeto;
• Uso do Bacillus thuringiensis israelensis (BTI) para monitoramento e controle da proliferação do mosquito.

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