Presidente afastado da Coreia do Sul é preso e será colocado em cela isolada; entenda

Yoon Suk Yeol, presidente destituído da Coreia do Sul, preso nesta quarta-feira (15) – Foto: Reprodução

Nesta terla-feira (14), o presidente destituído da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso após uma operação que mobilizou centenas de policiais e investigadores. A ação ocorreu na residência de Yoon em Hannam-dong, Seul, e durou mais de seis horas. Durante o processo, o político permaneceu em silêncio e foi levado diretamente para o Centro de Detenção de Seul.

As autoridades informaram que Yoon será mantido em uma cela isolada, maior e mais equipada que as comuns, enquanto aguarda os desdobramentos do caso. A prisão ocorre no contexto de investigações sobre uma possível insurreição, após o presidente impor uma lei marcial que restringia direitos civis.

Silêncio no interrogatório

Durante o interrogatório, o chefe de Estado optou por não responder às perguntas e recusou a gravação do depoimento. Um questionário de mais de 200 páginas foi preparado para ele, que será analisado dentro das próximas 48 horas pelas autoridades responsáveis.

O advogado de Yoon, Seok Dong-hyeon, afirmou que a rendição foi voluntária para evitar confrontos entre os investigadores e a guarda presidencial. Mesmo assim, apoiadores de Yoon tentaram bloquear a operação, gerando tensão na entrada do complexo residencial.

Com a detenção, Yoon se torna o primeiro presidente sul-coreano a ser preso enquanto ainda é investigado. A Justiça avaliará se o manterá em custódia por até 20 dias ou se permitirá sua libertação enquanto as investigações prosseguem.

A operação e acusações contra o presidente

A operação envolveu escaladas de cercas e confrontos com a guarda presidencial, que resistiu à entrada dos investigadores. A polícia também prendeu o chefe da guarda de Yoon durante a ação, informou a agência Yonhap.

Policiais sul-coreanos mobilizados nos arredores da residência de Yoon pouco antes da prisão do presidente – Foto: AFP

Yoon enfrenta a acusação de insurreição por sua tentativa de usar o exército para impedir o Parlamento de votar contra a lei marcial. Caso condenado, ele poderá enfrentar penas que vão de prisão perpétua à pena de morte, conforme as leis sul-coreanas.

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