Polícia pede exumação do corpo de empresário morto após anestesia geral para tatuagem, em SC

A Polícia Civil pediu à Justiça a exumação do corpo do empresário e influenciador digital Ricardo Godoi, de 45 anos, que morreu após tomar uma anestesia geral para fazer tatuagem, em Itapema, no litoral norte de Santa Catarina. O motivo foi o fato de que o enterro ocorreu sem que ele passasse por um exame necroscópico para comprovação das causas do falecimento. Segundo o delegado Aden Claus, responsável pela investigação, a solicitação já foi acatada.

Ainda de acordo com o investigador, consta na Certidão de Óbito que Ricardo teve uma parada cardíaca devido ao uso de anabolizantes. Porém, familiares ouvidos negaram e disseram que ele já estava há cinco meses sem fazer uso de qualquer hormônio. Além disso, eles ressaltaram que ele fez os exames pré-operatórios solicitados e eles não apontaram nenhum problema de saúde.

“Ela [parente] confirmou que ele não fazia mais o uso de anabolizantes há uns cinco meses e, por isso, teria realizado alguns exames e também estaria apto para fazer a tatuagem”, disse o delegado.

Dessa forma, a investigação aguarda a realização da exumação para que os exames necroscópicos sejam feitos. Enquanto isso, o caso segue em investigação como “morte suspeita”.

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Entenda o caso

Ricardo chegou a divulgar nas suas redes sociais, onde era seguido por mais de 200 mil pessoas, que iria passar por um procedimento cirúrgico. Na segunda-feira (20), ele se internou em um hospital e foi acompanhado por um anestesista, mas passou mal e não resistiu. Conforme relatados por amigos, o objetivo da sedação era para que ele fizesse tatuagens.

O dono do estúdio, que não quer ser identificado, contou ao G1 que o empresário morreu ainda durante o procedimento de sedação de intubação, ou seja, antes do início dos desenhos. Segundo ele, Godoi fez os exames pré-operatórios solicitados, teve bons resultados e assinou um termo de consentimento para a sedação.

“O que ocorreu é que no começo da sedação e intubação ele teve uma parada cardiorrespiratória, que ocorreu antes mesmo de começarem a tatuarem ele, que foi verificado rapidamente e chamado um cardiologista para tentar reanimar ele, infelizmente sem sucesso”, relatou o dono do estúdio de tatuagem.

Quem era a vítima?

Godoi era CEO da Godoi Group, empresa especializada em vender carros exclusivos e importados. Os veículos luxuosos eram negociados por valores milionários. A empresa divulgou uma nota de pesar, destacando que “sua alegria, generosidade e luz continuarão presentes em nossas memórias e em cada história que ele ajudou a construir.”

O empresário passou a divulgar o seu ramo de atividade nas redes sociais e se tornou influenciador digital. Ele era casado e tinha filhos.

O corpo foi velado na terça-feira (21) na Capela do Vaticano, em Itajaí, em Santa Catarina, e foi sepultado no mesmo local. Porém, deve ser exumado em breve.

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