Aumento de taxas compromete financiamento habitacional da Caixa, diz entidade

Unidade da Caixa Econômica Federal. Foto: Reprodução

A Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) afirmou que o aumento nas taxas de financiamento vai comprometer o custeio de programa habitacional. A entidade afirma que a situação é preocupante, coloca em risco a competitividade do banco no setor e prejudica seu papel social.

Segundo o jornal O Globo, a Caixa Econômica Federal está com taxas mais altas para o financiamento de imóveis com recursos da poupança e juros maiores pela recém-lançada linha indexada à Taxa Selic. Os dirigentes da Fenae vinham alertando a instituição desde o ano passado.

Em dezembro, a federação enviou um estudo à Caixa com alternativas para superar desafios do crédito imobiliário e manter a instituição como um banco público comprometido com acesso à moradia e a redução do déficit habitacional no país.

Em reunião com a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, no mês passado, o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, e outros dirigentes afirmaram que “é fundamental preservar o papel social do banco e garantir que o acesso à moradia continue sendo um direito assegurado, não uma ferramenta de valorização de ativos financeiros”.

Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae). Foto: Reprodução

Um estudo promovido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a pedido da federação aponta que o aumento dos saques na poupança e a redução da captação líquida têm prejudicado a sustentabilidade do financiamento imobiliário.

A Caixa decidiu reduzir, em outubro de 2024, a cota de financiamento habitacional para imóveis de até R$ 1,5 milhão e passou a exigir uma entrada maior dos compradores. A Fenae apresentou uma estratégia para diversificar as fontes de recursos e minimizar o impacto da dependência de outras formas de captação.

“Muitos brasileiros que dependem de financiamento habitacional para adquirir seu imóvel não terão condições de arcar com a entrada maior exigida. Isso significa menos imóveis vendidos, o que desacelera o mercado imobiliário e afeta diretamente a geração de empregos em um setor que estava começando a se recuperar e aquecer novamente”, diz o presidente da Fenae.

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