PM preso por suspeita de ser o motorista dos executores mandou mensagem para escolta de Gritzbach: “Chegaram?”

O 1º tenente da Polícia Militar Fernando Genauro da Silva, preso por suspeita de dirigir o carro que levava os executores de Vinícius Gritzbach, teria enviado uma mensagem a um dos seguranças da vítima momentos antes do assassinato. Gritzbach foi fuzilado com 10 tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro do ano passado. Ele havia feito delação premiada em que entregou nomes do PCC e da polícia.

No dia da execução, um civil e quatro policiais militares faziam a escolta de Gritzbach, que retornava de uma viagem a Maceió. Na semana passada, os PMs foram presos por realizarem escolta irregular.

Oficialmente, não havia indícios de que eles tivessem participação no assassinato. No entanto, para Corregedoria da Polícia Militar, o mensagem seria a prova de que os seguranças teriam agido em parceria com os atiradores.

O tenente Fernando Genauro teria questionado ao segurança civil, que estava na viagem com Gritzbach: “Já chegaram?”.

Após a prisão de Genauro, o segurança em questão teria ido até o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Ele disse que só quando o tenente foi detido percebeu a possibilidade de que o PM tivesse envolvimento no crime.

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Além da mensagem envolvendo o segurança civil, um dos policiais que fazia a escolta do delator levantou suspeitas da equipe de investigação ao deixar seu telefone celular fora da área do aeroporto, supostamente para que o sinal não fosse captado por antenas telefônicas.

Além do tenente Fernando Genauro da Silva, que teria atuado como motorista na execução, dois cabos da Polícia Militar foram presos apontados como os atiradores. São eles Denis Martins e Ruan da Silva Rodrigues. Ambos devem ser submetidos à coleta de material genético, que pode comprovar se eles estiveram no local do crime e no veículo que teria sido utilizado na fuga.

Ao todo, 17 PMs foram presos. Catorze deles por suspeita de envolvimento no esquema de segurança irregular, e três por suspeita de envolvimento no assassinato de Gritzbach.

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