Cibergolpistas “scammers” são a grande ameaça à segurança atualmente, alerta especialista; entenda

Com a era digital em constante evolução, aumentam também os riscos de golpes online, que se tornam cada vez mais sofisticados. Na última terça-feira (28), foi celebrado o Dia Internacional da Proteção de Dados Pessoais, e especialistas ao redor do mundo se debruçaram durante toda a semana sobre os principais golpes hoje praticados, principalmente usando a internet, e como evitá-los. E eles apontam para o que acreditam ser o maior risco atualmente: os “scammers”

Os “scammers” são pessoas ou grupos que se envolvem em atividades fraudulentas na internet com o objetivo de enganar e manipular pessoas para obter informações confidenciais, dinheiro ou acesso a recursos valiosos.

“Os scammers estão constantemente inovando suas táticas, por isso, manter-se informado e vigilante é essencial para evitar prejuízos”, diz Ronildo Oliveira, especialista em cibersegurança da Claranet Brasil.

Ele elencou em entrevista ao Metro as principais táticas que têm sido utilizadas pelos cibercriminosos.

“No ‘phishing’, os criminosos enviam e-mails, mensagens de texto ou mensagens instantâneas falsas, geralmente disfarçadas como comunicações legítimas de instituições confiáveis, para induzir as vítimas a divulgar informações pessoais, como senhas e detalhes de contas bancárias”, diz Oliveira.

Ele fala ainda sobre a chamada engenharia social, em que são utilizadas técnicas de manipulação psicológica para persuadir as pessoas a realizar ações específicas, como fornecer informações confidenciais, clicar em links maliciosos ou baixar arquivos infectados.

Sites falsos ou anúncios enganosos vendem produtos inexistentes ou de baixa qualidade nas fraudes em sites de e-commerce. “Os cibercriminosos recebem pagamentos, mas as vítimas nunca recebem os produtos ou serviços prometidos”, explica Oliveira.

No “ransomware”, explica o especialista, os “scammers” distribuem malware que criptografa os arquivos da vítima, tornando-os inacessíveis. Em seguida, exigem pagamento de um resgate em troca da chave de descriptografia.

Há ainda o golpe do suporte técnico falso. “Os fraudadores ligam para as vítimas, fingindo serem representantes de suporte técnico de empresas renomadas, e afirmam que o computador da vítima está infectado – solicitando acesso remoto ou pagamento por serviços desnecessários”, explica.

Há ainda os esquemas de investimento fraudulentos. “São promovidas oportunidades de investimento fictícias, alegando altos retornos. As vítimas acabam perdendo dinheiro quando investem em esquemas fraudulentos”, alerta.

Existem também os perfis falsos em redes sociais. “Com a criação de perfis falsos, os golpistas enganam as pessoas, seja por meio de relacionamentos falsos, solicitações de dinheiro ou propostas de negócios falsas”, descreve.

Para evitar cair nesses golpes, alerta Oliveira, a ordem é sempre desconfiar em tudo que é milagroso – “milagres não existem” – e duvidar sempre. “As instituições nunca ligam ou entram em contato por e-mail ou telefone pedindo confirmação de dados confidenciais, nunca pedem o envio de cartão ou outro documento via portador”, diz.

“É sempre bom se certificar que se está realmente no site de comércio eletrônico que se imagina. Nunca clique em links, porque poderá estar sendo direcionado a um site clone, igualzinho ao original, mas nas mãos de golpistas”, ensina Oliveira.

“Ser prudente e sempre duvidar. É a melhor postura. Os ‘scammers’ estão espalhados de forma cada vez mais assombrosa. E é preciso se manter blindado contra eles”, finaliza.

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