Perfil do Oscar para de seguir Karla Sofia, de “Emília Perez”, após posts racistas e xenofóbicos

Karla Sofía Gascón teve posts expostos por brasileiros após atacar Fernanda Torres. Foto: reprodução

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela cerimônia do Oscar, deixou de seguir Karla Sofía Gascón, estrela do filme “Emilia Pérez”, nesta sexta-feira (31). A decisão ocorreu após internautas resgatarem publicações polêmicas da atriz, que incluem comentários preconceituosos contra o Islã, sul-coreanos, a cantora Selena Gomez e até críticas à diversidade no Oscar.

Apesar do unfollow, o filme protagonizado por Gascón continua sendo elegível para vencer em 13 categorias da premiação, incluindo Melhor Filme e de Melhor Atriz para a espanhola. Primeira atriz trans indicada ao Oscar, ela estava no centro das atenções por sua atuação em “Emilia Pérez”, mas viu sua imagem manchada após as declarações antigas ganharem destaque nas redes sociais.

A polêmica começou quando a atriz acusou, sem provas, a equipe e pessoas próximas à colega de elenco Fernanda Torres de “falar mal dela e do filme”. A alegação gerou revolta entre internautas, que passaram a investigar o histórico de Gascón no X (antigo Twitter), onde ela fez uma série de comentários controversos.

Entre as publicações resgatadas, uma das mais impactantes foi um comentário sobre George Floyd, homem negro morto por um policial em 2020, cujo caso gerou protestos globais contra o racismo e a violência policial. Gascón chamou Floyd de “golpista viciado em drogas” e afirmou que sua morte foi usada para polarizar opiniões.

“Eu realmente acredito que poucos se importaram com George Floyd, um golpista viciado em drogas, mas sua morte serviu para mostrar, mais uma vez, que há quem ainda considere os negros macacos sem direitos e quem considere os policiais assassinos. Todos estão errados”, escreveu ela em 2020.

Gascón ataca George Floyd, assassinado pela polícia: “drogado vigarista”

Além disso, a atriz criticou a cerimônia do Oscar de 2021, que premiou a sul-coreana Youn Yuh-jung como Melhor Atriz Coadjuvante e Daniel Kaluuya como Melhor Ator Coadjuvante por “Judas e O Messias Negro”.

Gascón descreveu o evento como um “festival afro-coreano” e afirmou que a premiação estava mais parecida com uma “manifestação do Black Lives Matter” do que com uma celebração do cinema. “Cada vez mais o Oscar parece uma cerimônia de filmes independentes e de protesto. Eu não sabia se estava assistindo a um festival afro-coreano, a uma manifestação do Black Lives Matter ou ao 8 de Março. Além disso, uma gala feia, feia”, escreveu.

Selena Gomez foi chamada de “rata rica” por Karla Sofía Gascón. Foto: reprodução

Outro alvo das críticas de Gascón foi Selena Gomez, sua colega de elenco em “Emilia Pérez”. Em 2022, a atriz chamou Gomez de “rata rica” em um comentário sobre o relacionamento da cantora com Justin Bieber e sua esposa, Hailey Bieber. “É uma rata rica que se faz de pobre coitada sempre que pode e nunca deixará de incomodar o seu ex-noivo e sua esposa”, disse a espanhola.

Diante da repercussão negativa, Karla Sofía Gascón desativou seu perfil no X, mas as críticas continuaram a se espalhar nas redes sociais. A Academia do Oscar, que tradicionalmente segue todos os indicados ao prêmio, optou por deixar de seguir a atriz, em um movimento interpretado como um distanciamento público das polêmicas.

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