Ata do Copom antevê ajuste de 1 ponto na Selic e reitera riscos inflacionários

Em sua ata divulgada nesta terça-feira (4), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil reiterou que antevê um ajuste de 1 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião, caso o cenário econômico se confirme como esperado. O documento destaca que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será guiada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta estabelecida.

O comitê analisou que o cenário econômico se desenrolou de tal forma que a elevação de 1,00 ponto percentual na taxa Selic se mostra como uma decisão apropriada. Entre os determinantes de curto prazo, estão a taxa de câmbio e a inflação corrente, enquanto os fatores de médio prazo incluem o hiato do produto e as expectativas de inflação, que continuam a exigir uma política monetária mais contracionista.

Um tema recorrente nas discussões do comitê tem sido a desancoragem das expectativas de inflação, que pode levar a reajustes de preços e salários acima da meta, exigindo uma postura monetária mais rigorosa do que seria necessária na ausência de tal desancoragem. O Copom também sinalizou que esse risco permanece à medida que a desancoragem se torna persistente, alterando a magnitude e a frequência dos reajustes.

Além disso, o comitê identificou riscos adicionais relacionados ao grau de sobreaquecimento da economia e à condução de políticas econômicas internas e externas, que impactam diretamente a inflação, especialmente por meio da taxa de câmbio. A situação requer atenção redobrada por parte das autoridades monetárias, que permanecem vigilantes em relação ao cenário inflacionário.

A informação está na Ata da reunião do Copom realizada nos dia 28 e 29 de janeiro. Na reunião, os integrantes do Comitê elevaram a Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, pelo segundo encontro consecutivo, sinalizando ainda mais um aumento da mesma magnitude em março.

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