Universal é processada por assédio judicial e pode ter condenação milionária

Sede da Igreja Universal em Itinga. Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra a Igreja Universal do Reino de Deus por assédio judicial contra o escritor e jornalista João Paulo Cuenca, conhecido como J.P. Cuenca. A ação foi protocolada na Justiça na última segunda-feira (3).

O escritor se tornou alvo de 144 processos movidos por pastores da instituição religiosa, protocolados em Juizados Especiais Cíveis de diferentes cidades e estados do país. Os pedidos de indenização somavam R$ 3,3 milhões.

Na ação civil, o MPF pede que a igreja pague uma indenização de R$ 5 milhões por danos morais coletivos a projetos de enfrentamento à violência contra jornalistas. Os procuradores também defendem o reconhecimento da responsabilidade civil da instituição.

Em junho de 2020, Cuenca publicou nas redes sociais que “o brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”.

O escritor e jornalista João Paulo Cuenca, conhecido como J.P. Cuenca. Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

A postagem era uma adaptação de uma citação do filósofo francês Jean Meslier, do século 18, que afirmava que “o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre.”

De acordo com os procuradores Julio Araújo e Jaime Mitropoulos, que assinam a ação civil, a Universal fez uso inadequado do Judiciário para silenciar e causar constrangimento a Cuenca e ao “próprio ofício jornalístico”.

A igreja, por sua vez, negou que estivesse coordenando essas ações e alegou que os processos eram individuais, movidos por seus líderes.

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