Super Bowl: final do futebol americano movimenta centenas de milhões de dólares

Neste domingo (9), centenas de milhões de pessoas devem mirar sua atenção a um dos principais eventos esportivos do ano, o Super Bowl. Além de definir o campeão da temporada da NFL – título que será disputado entre o Kansas City Chiefs e o Philadelphia Eagles -, o evento é um dos principais no calendário publicitário americano e a final de uma das ligas esportivas mais rentáveis do mundo.

Neste ano, patrocinadores têm desembolsado US$ 8 milhões por apenas 30 segundos de comerciais nos intervalos do evento. Considerando uma aproximação do tempo de intervalo dos últimos anos, a arrecadação com publicidade no jogo ficaria na casa de US$ 680 milhões em 2025.

A disposição das empresas em pagarem cheques elevados é justificada pelo que costuma ser a maior audiência da televisão americana no ano. Em 2024, apenas na transmissão da NFL feita pela CBS nos Estados Unidos foram 120 milhões de telespectadores conectados.

Estruturada em formato de liga, na NFL cada um dos 32 times (ou franquias) fica com uma parte igual da arrecadação nacional do torneio — os clubes também tem receitas locais. Em 2024, essa receita foi de US$ 402,3 milhões por clube, segundo dados financeiros publicados pelo time Green Bay Packers divulgados na imprensa americana.

Isso equivale a uma receita total de US$ 12,87 bilhões na liga. Embora a contribuição específica do Super Bowl não seja divulgada, estima-se que o evento tenha uma contribuição relevante para os resultados da NFL.

Além dos ganhos com publicidade, prestigiar o evento não é nada barato. Neste ano, os ingressos mais em conta para a partida final da temporada foram vendidos a aproximadamente US$ 3,4 mil, mas a média do preço, segundo a CBS, é de US$ 7,6 mil.

Considerando a capacidade de 73 mil pessoas do Superdome, estádio que vai sediar a final, e o preço médio, apenas com ingressos o Super Bowl levantaria US$ 554,8 milhões. Em um cálculo mais conservador, levando em conta apenas o preço dos ingressos mais baratos, a arrecadação seria de US$ 248,2 milhões.

Não é só o esporte que faz com que o público tope pagar esses valores por uma entrada. O Super Bowl é um evento de entretenimento que atrai alguns dos maiores artistas do mundo para o celebrado “halftime show. Artistas como Michael Jackson, Prince, Madonna e Beyoncé já estrelaram o intervalo da partida.

E aí é que entram também os custos. Curiosamente, pela política da liga, os próprios artistas não recebem um cachê elevado. Segundo uma reportagem da Sports Illustrated, o cantor Usher teria recebido o piso do sindicato pela sua apresentação em 2024, US$ 671, mais US$ 1,8 mil pelos seus ensaios.

A NFL justifica que o pagamento para o artista é a exposição às centenas de milhões conectados na transmissão, mas para fazer um dos shows televisionados mais relevantes do ano, podem ser gastos até US$ 15 milhões pelas apresentações.

Por um acordo assinado entre a liga e a associação de jogadores, a NFL desembolsa US$ 171 mil para cada membro do time vencedor em 2025. Para o perdedor, o pagamento é de US$ 96 mil.

A NFL ainda tem um contrato milionário pelos direitos de transmissão de toda a liga, que é avaliado em cerca de US$ 111 milhões segundo diversos veículos americanos. Esse valor considera toda a temporada e os canais CBS, NBC, Fox e ESPN se revezam de 2023 a 2033 na transmissão do Super Bowl.

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