Brasil tem superávit de US$ 2,1 bi na balança comercial em janeiro

Navios de exportação. Foto: Divulgação

A balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 2,1 bilhões no mês de janeiro, segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta sexta-feira. Apesar do saldo positivo, o resultado representa uma queda de 65,1% em comparação ao mesmo período de 2023, quando o superávit atingiu US$ 6,2 bilhões, o maior já registrado para o mês.

As exportações brasileiras somaram US$ 25,18 bilhões em janeiro, enquanto as importações alcançaram US$ 23 bilhões. Esse desempenho é o mais fraco para o primeiro mês do ano desde 2022, quando o país registrou um déficit de US$ 59 milhões.

O recuo nas exportações foi influenciado pela retração no setor agropecuário e na indústria extrativa. A agropecuária teve queda de 10,1%, totalizando US$ 3,79 bilhões. A indústria extrativa também apresentou redução, com vendas de US$ 7,07 bilhões, uma queda de 13,6% em relação ao ano anterior. Já a indústria de transformação foi a única a apresentar crescimento, ainda que modesto, avançando 0,1% e totalizando US$ 14,18 bilhões.

Entre os produtos agrícolas, as maiores quedas foram registradas nas exportações de trigo e centeio não moídos, que recuaram 39%, milho não moído (exceto milho doce), com retração de 29,9%, e soja, cujas vendas externas diminuíram 70,1%.

Alguns produtos seguiram se destacando na pauta de exportação brasileira. O óleo bruto de petróleo foi o principal item exportado, totalizando US$ 4,47 bilhões, mas ainda assim teve uma queda de 8,3% em comparação ao ano anterior. O minério de ferro somou US$ 2,19 bilhões em vendas, recuando 22%.

Retração da atividade da indústria de transformação em 2023 contribui para superávit recorde da balança comercial. Foto: Divulgação

O café não torrado foi um dos destaques positivos, com um aumento de 79,4% nas exportações, alcançando US$ 1,32 bilhão. A celulose também registrou crescimento, com alta de 44,2% e um total exportado de US$ 1,01 bilhão. Já os açúcares e melaços tiveram uma forte retração, caindo 42% e somando US$ 995 milhões.

Os principais destinos das exportações brasileiras tiveram desempenhos variados. A China e Macau, que seguem como os maiores compradores do Brasil, reduziram suas compras em 29,7%, totalizando US$ 5,57 bilhões. A União Europeia, por outro lado, ampliou suas importações de produtos brasileiros em 28,3%, atingindo US$ 3,98 bilhões.

Os Estados Unidos registraram leve queda de 4,3%, com US$ 3,21 bilhões em compras. A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) também apresentou retração, com queda de 24,5%, totalizando US$ 2,02 bilhões. Já o Mercosul registrou crescimento de 35%, somando US$ 1,67 bilhão, impulsionado principalmente pela Argentina, que aumentou suas compras do Brasil em 58%, totalizando US$ 1,21 bilhão.

O desempenho da balança comercial brasileira no início do ano reflete desafios nos setores agropecuário e extrativo, além de uma menor demanda da China. No entanto, o crescimento das exportações para a Argentina e União Europeia traz um sinal positivo. A evolução do comércio exterior nos próximos meses será fundamental para determinar a trajetória da economia brasileira em 2025.

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