Nota rasgada vale? E colada com fita? Veja as regras do BC para notas danificadas

Raras no dia a dia de grande parte da população brasileira, mas ainda usadas, as cédulas nem sempre aparecem na mão do consumidor no melhor estado. Desenhos, rasgos e partes faltando são características comuns das poucas notas em circulação vistas hoje em dia. Mas será que toda cédula danificada perde o valor? E qual é o limite do dano para que ela mantenha o valor?

Com base na explicação do Banco Central, a reportagem do InfoMoney responde a esses questionamentos.

Segundo o BC, cédulas manchadas, sujas, desfiguradas, gastas ou fragmentadas; com marcas, rabiscos, símbolos, desenhos ou quaisquer caracteres a elas estranhos; com cortes ou rasgos em suas bordas ou interior; queimadas ou danificadas por ação de líquidos, agentes químicos ou explosivos, etc., são consideradas inadequadas à circulação, ou seja, devem ser retiradas de circulação.

Cédulas inadequadas à circulação sem valor

As únicas cédulas que são sem valor em todos os locais, inclusive em bancos, são aquelas mutiladas. Sua característica principal é não ter um fragmento com mais da metade do seu tamanho original.

Seguindo esta lógica, uma nota rasgada em vários pedaços, ainda que colados com fita adesiva, não tem valor, nem mesmo para os bancos.

Veja abaixo os exemplos de cédulas sem valor:

Quais cédulas inadequadas à circulação têm valor?

Nem toda cédula inadequada à circulação é sem valor, segundo o Banco Central. Cédulas desgastadas pelo uso têm valor e podem ser utilizadas normalmente pelo público.

Ainda assim, ao recebê-las, os bancos devem encaminhá-las ao Banco Central para destruição.

Veja exemplos de notas inadequadas à circulação com valor:

Cédulas inadequadas à circulação com valor apenas em bancos

Já cédulas marcadas com caracteres estranhos ou rasgadas, mas mantendo um tamanho superior à metade – estejam elas cortadas na extremidade ou no interior, danificadas pelo fogo ou danificadas por traça, cupim ou agente químico – têm valor somente para depósito, pagamento ou troca na rede bancária.

Posteriormente, essas cédulas devem ser encaminhadas pela agência bancária ao Banco Central para destruição.

Veja abaixo cédulas inadequadas à circulação, com valor apenas em bancos.

Queda

Segundo dados de um levantamento do BC, divulgado em dezembro de 2024, o uso do dinheiro em espécie vem caindo ano após ano e já está abaixo até mesmo do cartão de débito.

O dinheiro em espécie, que era opção de pagamento de 83,6% há três anos, caiu para 68,9% em 2024, ficando atrás, inclusive, do cartão de débito, que passou de 61,7% para 69,1%.

Já o Pix é a forma de pagamento mais usada, saltando de 46,1% para 76,4% da população de 2021 a 2024.

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