Trump telefona para Putin, fala sobre guerra na Ucrânia e faz oferta a Zelensky

Vladimir Putin e Donald Trump. Foto: Divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter conversado com seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita em entrevista ao ‘New York Post’ publicada no sábado (8). No entanto, não ficou claro quando ocorreu a conversa e se o telefonema foi realizado após a posse do republicano para seu novo mandato. Neste domingo (9), o Kremlin se recusou a confirmar ou negar a informação.

Durante a entrevista, concedida a bordo do Air Force One enquanto viajava para a Flórida na sexta-feira, Trump evitou dar detalhes sobre a frequência de suas comunicações com Putin, mas afirmou manter uma relação amistosa com o líder russo. O presidente americano, que anteriormente prometeu encerrar o conflito na Ucrânia em até 24 horas após reassumir o cargo, reforçou seu desejo de que a guerra termine rapidamente.

“Ele (Putin) quer ver as pessoas pararem de morrer. Espero que isso aconteça logo. Todos os dias, pessoas estão morrendo. A guerra na Ucrânia é terrível. Quero acabar com essa coisa maldita”, declarou Trump ao jornal.

O republicano também revelou ter orientado seu assessor de segurança nacional, Mike Waltz, a intermediar encontros entre os envolvidos no conflito. Segundo Trump, ambos os lados desejam negociar.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, evitou comentar as declarações do líder americano. Em entrevista à CNN, ele disse não poder “nem negar e nem confirmar a notícia” e acrescentou que Washington e Moscou mantêm comunicação por diferentes canais, especialmente com o aumento das atividades do governo Trump.

Na sexta-feira, Trump afirmou que “provavelmente” se reunirá com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na próxima semana. Ele deverá liderar a delegação ucraniana na Conferência de Segurança de Munique, que contará com a presença do vice-presidente dos EUA, JD Vance, e do enviado especial para Ucrânia e Rússia, Keith Kellogg. Trump, no entanto, não participará do evento.

Volodymyr Zelensk. Foto: Divulgação

Na semana passada, Trump também demonstrou interesse no suprimento ucraniano de terras raras como condição para manter o apoio financeiro dos Estados Unidos ao país. Os elementos conhecidos como “terras raras” são essenciais para indústrias de alta tecnologia, setor aeroespacial e produção de semicondutores.

“Quero segurança para obter terras raras. Estamos investindo centenas de bilhões de dólares. Eles têm ótimas terras raras e estão dispostos a negociar”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca.

Embora não tenha especificado os termos do acordo, Trump expressou insatisfação com os altos investimentos feitos pelos EUA em ajuda militar à Ucrânia desde a invasão russa. Segundo o Conselho de Relações Internacionais, o Congresso americano autorizou US$ 175 bilhões (cerca de R$ 1,01 trilhão) em auxílio à Ucrânia até setembro do ano passado, dos quais US$ 106 bilhões (R$ 615 bilhões) foram destinados diretamente ao governo ucraniano.

Na quinta-feira (6), o Kremlin confirmou, pela primeira vez, que tem mantido contatos mais frequentes com os Estados Unidos para discutir a guerra na Ucrânia. Essa confirmação marca um avanço significativo nas negociações, especialmente diante da promessa de Trump de resolver o conflito rapidamente.

Os próximos passos do governo americano em relação à Ucrânia e à Rússia continuam incertos, mas as recentes declarações de Trump indicam uma nova abordagem na diplomacia internacional. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos das negociações e como elas poderão impactar o futuro do conflito na Europa Oriental.

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