BCE: Tarifas de Trump geram incerteza, mas efeito sobre inflação é menos claro

As tarifas comerciais anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem desencadear incertezas econômicas, mas o impacto sobre a inflação é menos claro, disse o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, nesta segunda-feira (10).

O plano de Trump de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos, além das tarifas existentes sobre metais, representa outra grande escalada comercial.

“Hoje acordamos com a questão do aço e do alumínio”, disse de Guindos à emissora espanhola TVE. “Além dos riscos geopolíticos, acho que a política do novo governo norte-americano obviamente cria uma situação de enorme incerteza.”

O número dois do BCE disse que a implementação de tarifas criaria um “choque de oferta”, afetando, portanto, “fundamentalmente” o crescimento econômico global.

“O impacto sobre a inflação é muito menos claro (…) porque, se houver uma queda na atividade econômica, isso imediatamente atenua a evolução das tensões inflacionárias”, disse De Guindos.

De Guindos disse que é importante evitar uma guerra comercial, acrescentando que os europeus precisavam ser cuidadosos em sua resposta às possíveis tarifas comerciais dos EUA.

“Às vezes, os anúncios iniciais acabam não se concretizando (…) portanto, é preciso adotar uma abordagem prudente e inteligente”, disse ele.

De Guindos disse que a inflação na zona do euro está convergindo para a meta do BCE de 2% e que as decisões sobre a política monetária futura do banco serão tomadas reunião por reunião.

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