Alta procura faz desconto médio no aluguel em SP ficar no menor nível em 60 meses

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Inquilinos estão barganhando menos o valor do aluguel de imóveis na cidade de São Paulo. Isso é revelado pelo Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta segunda-feira (10), que mostra um percentual médio de desconto nas transações de aluguel abaixo de 3% pela primeira vez em São Paulo.

Em janeiro, o percentual médio de desconto negociado na cidade ficou em 2,9%, o menor de toda a série histórica iniciada em 2020. Isso significa que a média de descontos no primeiro mês de 2025 foi a mais baixa em pelo menos 60 meses.

Para medir o desconto, o QuintoAndar analisa a diferença entre o preço anunciado e o valor efetivamente pago pelos imóveis comercializados no mês de referência. Essa medida reflete o aquecimento do mercado a partir das negociações entre proprietários e inquilinos, com base nos contratos fechados ao longo do período.

“A demanda maior, especialmente no início do ano – considerado a alta temporada de aluguéis – e a forte liquidez dos imóveis na cidade têm levado à concessão de descontos cada vez menores”, afirma Eduardo Alves, gerente comercial do Grupo QuintoAndar.

A negociação do preço do imóvel, uma etapa natural do processo de locação, está menos intensa, segundo Alves, devido à alta procura por parte dos potenciais inquilinos, o que torna os proprietários menos propensos a negociar.

Como pedir desconto

No atual cenário, barganhar demais pode fazer com que o potencial inquilino perca o imóvel. No entanto, alguns aspectos podem ser observados para entender se é viável fazer um pedido de desconto ao proprietário.

“Primeiramente, é fundamental pesquisar bem. Avaliar os preços de imóveis no mesmo condomínio, por exemplo, é uma estratégia importante, assim como verificar a quantidade de imóveis disponíveis na região para entender todas as possibilidades de locação”, afirma o executivo.

Alves também oferece uma dica valiosa: “Caso o imóvel necessite de uma benfeitoria, como a instalação de um ar-condicionado ou armários, é possível justificar o pedido de desconto com base no custo a ser arcado para a colocação desses itens”.

“Se o proprietário se mostrar irredutível, vale a pena fazer as contas, entender se o valor se encaixa no orçamento e considerar fechar no preço anunciado ou próximo dele, para não perder o imóvel escolhido, caso ele atenda às necessidades”, conclui Alves.

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Recorde no preço

O preço médio do aluguel bateu recorde em São Paulo em janeiro, alcançando R$ 66,67 por metro quadrado. A alta acumulada em 12 meses foi de 9,72%, um patamar considerado estável ao longo dos últimos meses.

Os apartamentos de um quarto registraram o maior aumento de valor entre as tipologias em janeiro, encerrando o mês com um preço de R$ 81,96 por metro quadrado.

Bairros mais caros

O top 5 dos bairros mais caros da cidade ainda é liderado por bairros da Zona Sul. Veja a lista com os respectivos valores por metro quadrado:

  1. Vila Olímpia – R$ 100,50
  2. Vila Nova Conceição – R$ 97,40
  3. Brooklin – R$ 95,10
  4. Jardim Europa – R$ 92,30
  5. Pinheiros – R$ 89,30

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