Múcio diz que “direita estava zangadíssima porque militares não aderiram ao golpe”

ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, falando e gesticulando no Roda Viva
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, no Roda Viva – Reprodução/TV Cultura

No Roda Viva desta segunda-feira (10), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, lembrou dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023 e afirmou que a direita estava zangada porque os militares não aderiram ao golpe. Por outro lado, a esquerda pensava que eram eles que tinham planejado os atos.

“O início foi péssimo. Do dia 8 [de janeiro de 2023] até abril me senti órfão, porque a direita estava zangadíssima porque os militares não aderiram ao golpe, e a esquerda estava muito zangada porque achavam que os militares tinham criado o golpe. Na verdade, devemos a eles não ter tido golpe do dia 8 e ficamos tentando conversar”, declarou.

Sobre os militares que se envolveram na tentativa de golpe de Estado, Múcio disse que “a melhor coisa” que pode acontecer para as Forças Armadas é que “os culpados sejam identificados e punidos”.

“Estamos na expectativa dos dois relatórios [de investigação sobre os envolvidos no 8 de janeiro]. Ninguém deseja mais do que nós, da Defesa. Precisamos achar os culpados para eles serem punidos. Para os militares, a melhor coisa é que os culpados sejam identificados e punidos”, opinou.

No segundo bloco da atração da TV Cultura, porém, o ministro da Defesa disse, mais de uma vez, que “não havia militar” envolvido no 8 de janeiro de 2023. Para ele, “as Três Forças Armadas não tinham a ver com aquilo”.

José Múcio Monteiro ainda destacou que teve dificuldades na transição entre os governos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) porque os comandantes das Três Forças Armadas não queriam recebe-lo. “Pedi para que fizesse uma transição tranquila. Acho que a fase mais complicada já passou”, avaliou.

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