Peça “Insignificância” discute o peso da fama

Em um hotel na Nova York de 1953 se passa o hipotético encontro entre quatro famosas lendas norte-americanas. A começar da estrela de cinema Marilyn Monroe. E, ainda, Albert Einsten, Joe DiMaggio e o infame senador Joe McCarthy. Encontro que poderia acontecer hoje, trocando os personagens originais por seus pares na atualidade. Este é o enredo do espetáculo “Insignificância”, que chega em março a BH. O texto é do dramaturgo e diretor de teatro, cinema e televisão inglês Terry Johnson, lançado em livro em 1983. Na montagem, os atores Cássio Scapin, Amanda Acosta, Marcos Veras e Norival Rizzo assumem os papéis do cientista, da atriz, do jogador de beisebol e do senador. A direção é de Victor Garcia Peralta. 

Em turnê pelo país, a peça passa por Belo Horizonte nos dias 8 e 9 de março, no Grande Teatro Unimed-BH, no Cine Brasil. No sábado, a sessão é às 21h. Já no domingo às 19h.

Questões em cena

“Insignificância” destaca a fama e suas consequências. Assim, tanto as concessões necessárias para alcançá-la ou preservá-la, quanto à exploração dela para objetivos políticos. Através das perspectivas de fenômenos de popularidade do século XX, o autor reflete sobre as maneiras de lidar com a fama (ou com a perda dela). Por meio de, por exemplo, a rejeição por parte do cientista; bem como a aceitação hesitante, personificada no mito sexual que Marilyn continua a representar.

Tal qual, a decepção quando a fama se dissipa, refletida no personagem do jogador. Outro componente se une ao enredo: a política, representada pelo macartismo no contexto da Guerra Fria. Ou seja, quando o senador McCarthy capitaneou uma verdadeira “caça às bruxas” nos EUA. Seu objetivo era criminalizar o comunismo e seus adeptos, cerceando as liberdades políticas.

Atualizações

Mais de 40 anos nos separam da escrita de “Insignificância” e outros 70 da época em que se passa o enredo. No entanto, as situações e os personagens continuam muito atuais. A estrela de cinema hoje seria musa das mídias sociais. O jogador de beisebol, para nós, brasileiros, seria o jogador de futebol, com milhões de seguidores e sem muita noção. O senador poderia estar sentado no plenário brasileiro, dizendo e fazendo o mesmo que o escroque do texto de Johnson. O único que, se estivesse ainda entre nós, estaria trazendo contribuições à sociedade seria o cientista.

Montagem brasileira

A montagem brasileira tem tradução de Gregório Duvivier. Ele reedita a parceria entre o produtor Rodrigo Velloni e o autor, após a montagem, em 2016, do espetáculo “Histeria”, com direção de Jô Soares. Os figurinos de Fábio Namatame e o visagismo, de Claudinei Hidalgo. As perucas, de Feliciano San Roman, são ingredientes essências na montagem, já que captam e personificam as celebridades “emprestadas” ao texto.

Serviço 

Insignificância – Uma Comédia Relativa

Quando. Dia 8 e 9 de março, sábado, às 21h, e domingo, às 19h

Onde. Grande Teatro Unimed-BH – Cine Brasil (Av. Amazonas, 315, Centro)

Duração: 100 minutos

Classificação etária: 16 anos

Gênero: Comédia

@insignificancia.teatro/

Quanto. Ingressos: 

Plateia I – R$ 100,00 (Inteira) | R$ 50,00 (Meia Entrada)

Plateia II – R$ 80,00 (Inteira) | R$ 40,00 (Meia Entrada)

Ingressos Populares: R$ 39,60 (Inteira) | R$ 19,80 (Meia Entrada)

Vendas pelo site Eventim e na bilheteria do teatro: 

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