Política domina buscas no Google em 2024, mas no Brasil termo mais buscado foi “boyceta”

“Boyceta” é o termo mais buscado no Google pelos brasileiros, impulsionado pelo rapper Jupitter. Imagem: reprodução

O Google divulgou os termos mais pesquisados no buscador no ano de 2024 em 26 países do mundo. Termos políticos ou temas relacionados dominaram as buscas mundo afora. Mas no Brasil, o tema mais buscado está relacionado à sexualidade.

Australianos buscaram por “genocídio”, por conta do conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza; na Tchéquia, “desinformação” liderou as buscas no país do leste europeu. Em Bangladesh e na Alemanha, a palavra mais procurada foi “fascismo”.

Indianos, por sua vez, buscaram muito pelo termo “secularismo”, uma reação ao extremismo religioso hindu promovido pelo primeiro-ministro Narendra Modi. Entre os mexicanos, o termo mais procurado foi “lei”.

Já os noruegueses queriam saber o que é “woke”e russos googlaram por “isolado” – certamente por causa do conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em 2022.

Em outros países, o termo mais procurado por vezes tangenciava a política. Os sul-coreanos queriam pesquisar sobre “inteligência artificial”; na Espanha e em El Salvador, o líder nas buscas foi o termo “resiliência”.

Brasil

Já o Brasil foi na contramão dessa onda política e o termo mais pesquisado tem a ver com sexualidade. A palavra mais buscada pelos brasileiros no Google no ano de 2024 foi “boyceta”.

Cunhado pelo rap paulistano, o termo ganhou popularidade após o rapper transmasculino Jupitter Pimentel falar sobre o tema no podcast Entre Amigues. A palavra define uma identidade de gênero não-binária para pessoas que reivindicam o gênero masculino, mas não se encaixam de modo pleno na masculinidade tradicional.

“Sou uma pessoa transmasculina, mas minha identidade de gênero mesmo é boyceta. Mas sou uma pessoa de gênero fluido também, então ser boyceta dá liberdade para expressar minha feminilidade quando eu quero e ter essa identidade meio bicha, o que é muito bom. Meu gênero flui, dependendo do espaço, eu não controlo, mas algumas vezes eu controlo”, explicou ele no podcast.

 

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