Alerta falso? Litoral de SP já foi atingido por tsunami no passado; confira

Moradores do litoral de São Paulo, da capital paulista e do Rio de Janeiro receberam um alerta do Google na madrugada desta sexta-feira (14) sobre um possível terremoto no mar. No entanto, até o momento, nenhum tremor foi confirmado por órgãos oficiais, como o Centro de Sismologia da USP e a Defesa Civil do Estado.

Embora raros, tsunamis já ocorreram no Brasil. Um dos relatos mais antigos é de 1541, quando São Vicente teria sido atingida por uma grande onda que destruiu a Igreja Matriz e outras construções. Segundo especialistas, tsunamis são geralmente causados por terremotos no fundo do mar, erupções vulcânicas ou deslizamentos de terra, fenômenos pouco frequentes no Atlântico Sul.

O oceanógrafo Wandrey de Bortoli Watanabe explica que tsunamis se formam por ondas longas e rápidas em alto mar, podendo atingir até 800 km/h. Ao se aproximar da costa, sua velocidade reduz, mas sua altura aumenta, podendo causar inundações. Ele também menciona o meteotsunami, um fenômeno semelhante, mas provocado por mudanças climáticas intensas, já registrado no Brasil.

O historiador Sérgio Willians relata que o suposto tsunami de 1541 foi registrado pelo frei Gaspar da Madre de Deus, que descreveu a destruição em São Vicente. No entanto, ele afirma que o evento foi resultado de uma ressaca intensa combinada com maré alta, e não de um terremoto submarino.

Especialistas reforçam que o Brasil não está em uma zona de forte atividade sísmica, o que torna tsunamis extremamente raros no país. Mesmo assim, eventos climáticos intensos podem provocar ondas que causam impactos semelhantes nas regiões costeiras.

Até o momento, não há registros de tremores no estado de São Paulo e autoridades seguem monitorando possíveis ocorrências. A Defesa Civil reforça que qualquer alerta oficial será comunicado pelos canais oficiais.

A Defesa Civil SP não emitiu nenhum alerta de terremoto hoje.
Até o momento não há registro de ocorrência relacionada com possível terremoto no estado.

— Defesa Civil SP (@defesacivilsp) February 14, 2025

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