Brasil pode ter que importar petróleo em 2034 sem exploração da margem equatorial

Mapa da exploração de petróleo na Margem Equatorial. Foto: Divulgação/Petrobras

Sem a exploração de petróleo na Margem Equatorial, região do litoral norte do Brasil considerada uma nova fronteira energética, o país poderá enfrentar a necessidade de importar petróleo em aproximadamente dez anos. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou a importância de aprofundar as pesquisas para conhecer o real potencial da área.

A Margem Equatorial se estende da costa do Rio Grande do Norte ao Amapá e é comparada ao pré-sal devido ao seu potencial para grandes reservatórios de petróleo. Entretanto, a exploração enfrenta críticas de ambientalistas preocupados com possíveis impactos ambientais. A Petrobras já perfurou mais de 700 poços na região, seguindo rigorosos padrões operacionais e de segurança. 

Atualmente, a Petrobras possui autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para perfurar dois poços na costa do Rio Grande do Norte. Contudo, o Ibama negou licenças para outras áreas, como a Bacia da Foz do Amazonas. A Petrobras solicitou reconsideração e aguarda uma decisão.

Para atender às exigências ambientais, a Petrobras está estabelecendo centros de reabilitação de fauna em casos de derramamento de óleo. Um desses centros já opera no Pará, e outro está previsto para ser concluído no primeiro trimestre de 2025, em Oiapoque, no Amapá.

A presidente Magda Chambriard enfatizou que a Petrobras está comprometida em garantir operações seguras e responsáveis na Margem Equatorial. Ela também destacou a necessidade de explorar novas áreas para manter a autossuficiência energética do país e evitar a futura importação de petróleo.

Mesmo que a licença seja concedida em breve, a Petrobras estima que a perfuração na região não começará antes de 2025, devido ao tempo necessário para preparar e transportar os equipamentos. A ausência de licenças representa um desafio operacional e financeiro para a empresa, podendo atrasar a produção e gerar custos adicionais.

A Petrobras utiliza tecnologias que permitem uma produção de petróleo com menores emissões de dióxido de carbono (CO₂), contribuindo para a transição energética e atendendo à demanda global por energia e produtos petroquímicos.

A decisão sobre a concessão das licenças ambientais para a exploração na Margem Equatorial permanece pendente, e a Petrobras continua aguardando a resposta do Ibama para avançar em seus projetos na região.

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